Todos nós estamos cansados de saber que um bom estudante para concursos públicos precisa de dedicação, de organização, de uma rotina organizada de estudos. Sabemos também que é necessário dormir bem e ter algum tempo de descanso e lazer para dar um descanso ao cérebro. O que nós esquecemos, muitas vezes, no entanto, é de que o nosso cérebro, assim como todo o nosso organismo, também precisa de energia para funcionar e só dormir não é suficiente. Ele precisa das energias que são fornecidas pelas vitaminas.

Elas são fundamentais - mais do que imaginamos - para o nosso processo de aprendizagem. Um organismo que processa mal, por exemplo, as vitaminas do complexo B, terá deficiência delas, e consequentemente poderá sofrer com diversos problemas, inclusive de memória, você sabia? Para que possamos repor o nosso "estoque" de vitaminas no organismo, em alguns casos, uma boa alimentação pode ajudar. Mas há também casos em que é preciso dar uma ajudinha para o corpo, fazendo o uso de complexos vitamínicos.

Cada caso, é um caso, sempre, e lembramos que você nunca deve fazer alterações alimentares drásticas ou buscar medicamentos/suplementos, sem orientação de um especialista, seja médico ou nutricionista. Por isso, as dicas que traremos a seguir têm como objetivo ajudá-lo a perceber se você precisa de um auxílio profissional. Também estão relacionadas à mudança de pequenos hábitos alimentares. Vamos lá?

Boas para o cérebro

As vitaminas são ótimas para o nosso cérebro. Muitas delas atuam diretamente em nossos neurônios e outras tantas vão ajudá-lo a ter mais disposição e energia para trabalhar como precisa. Abaixo, vamos conhecer algumas delas, seus benefícios, e fontes.

Complexo B

Como já foi dito ali em cima, as vitaminas do complexo B são algumas das mais importantes. São várias as vitaminas desse grupo que merecem destaque.

A B1, por exemplo, também conhecida como Tiamina, é essencial para o sistema nervoso (do qual nosso cérebro é parte essencial, pois é o Sistema Nervoso Central). Ela é é conhecida como vitamina antineurítica (contra inflamação dos nervos). Além disso, ela tem um papel fundamental no metabolismo dos carboidratos, gorduras e proteínas que, quando em falta, causam fadiga, perda de memória, e em alguns casos até depressão. A tiamina pode ser encontrada em encontrada em alimentos de origem animal como carnes, incluindo fígado, coração e rim e na gema do ovo.

Carnes são fontes de Vitamina B1

A Niacina ou Vitamina B3, tem forte ação antioxidante e desempenha um papel importante na formação da bainha de mielina, que fica em torno das fibras nervosas. Um organismo com boa nutrição em B3 conseguirá ter uma boa comunicação entre os nervos. Ao contrário, a pessoa sentirá por certo, muita fadiga, pode ter insônia e até confusão mental. As principais fontes de B3 são o levedo de cerveja, cogumelos, vísceras de animais, peixes, leites, ovos. Algumas oleaginosas, como amendoim e castanha do pará também são boas fontes.

A Vitamina B6 (Piridoxina), está presente no gérmen do trigo, também nas vísceras de animais e nos cereais integrais. É tida como uma das mais mais completas que podemos encontrar. Entre seus benefícios para o cérebro, está a formação de neurotransmissores como a dopamina, a epinefrina, a norepinefrina, o GABA e a acetilcolina, que por sua vez transmitem os sinais entre os neurônios.

O Ácido Fólico, que é a Vitamina B9, é conhecida por ser essencial durante a gestação, já que participa da formação do tubo neural do feto. Sem ela, o bebê pode até mesmo nascer com má formação. Mas esses não são os únicos benefícios e funções. Ele também favorece a formação de glóbulos vermelhos, o que contribui para que o transporte do oxigênio e para o bom funcionamento do cérebro. Ele também tem papel importante na acuidade mental e na preservação das funções cerebrais. As principais fontes de vitamina B9 são fígado, vegetais de folhas verdes escuras - como brócolis, couve e espinafre - e grãos - como ervilha, lentilha, feijã -, além de frutas cítricas, ovos e folículos das folhas.

Feijões e lentilhas são fontes de Ácido Fólico

A Cobalamina ou Vitamina B12 é uma das mais importantes. É essencial para o funcionamento de todas as células do organismo, especialmente as do trato gastrointestinal, do tecido nervoso - principalmente na formação da bainha de mielina - e da medula óssea. Sua falta pode causar até lesões no sistema nervoso, como a desmielinização, que é o desgaste do tecido que recobre os nervos, a já citada mielina. Por isso, é importante consumir algumas de suas fontes que são a carne, frango, peru e vísceras animais, além de peixes - truta, salmão -, cereais integrais, ovos e produtos lácteos.

Vitamina C

Ela é um poderoso antioxidante, e por isso, ajuda a proteger o protege o cérebro oxidação e dos processos degenerativos naturais do envelhecimento. Além disso, ela também contribui no processo de absorção de ferro (por isso comemos laranja após a feijoada). O ferro é um elemento importante para a memória e a atenção. Frutas cítricas e vegetais verdes são boas fontes de Vitamina C.

Outras vitaminas

Além das já citadas, o Magnésio também pode ser considerado um ajudante do cérebro porque participa na transmissão de impulsos nervosos aumentando a capacidade de memória e de aprendizagem. Além dele, também pode-se destacar a Vitamina D3, que, em falta, impacta em nossa cognição e nosso envelhecimento neuronal. E finalmente, a Vitamina E e os alimentos que contêm Ômega-3 também fazem grandes contribuições para a saúde do cérebro. A primeira é também um antioxidante, e a segunda, contribui para aumentar a plasticidade do cérebro.

O que são as vitaminas?

As vitaminas são substâncias orgânicas que estão presentes nos alimentos, e das quais o organismo necessita - em maior ou menor quantidade, dependendo da vitamina - para garantir a realização plena de diversas funções vitais. Por conta disso, a carência de uma vitamina pode afetar de forma importante o indivíduo.