Entramos no mês de novembro e faltam poucos dias para o término de 2021. Com as frequentes altas dos preços, aposentados e pensionistas buscam saber de quanto será o aumento do salário mínimo em 2022.
Energia elétrica e combustíveis foram os vilões dos preços neste ano e o Banco Central não descarta uma inflação já acima de 10% no país até o fim de 2021. Para isso, deve fazer um novo aumento da Selic, atualmente em 7,75% ao ano, no próximo mês de dezembro.
O governo dá o aumento do salário mínimo sempre em janeiro e paga o novo valor a partir de 1º de fevereiro. Caso se confirme a previsão da inflação de dois dígitos, essa será a maior alta do salário mínimo desde 2016, no entanto, sem ganho real aos brasileiros.
Qual índice reajusta o salário mínimo
O reajuste do mínimo sempre se dá pela correção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e não pelo índice de preços mais conhecido pelos brasileiros, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que deve ser ainda maior e passar dos 10% no ano.
Segundo as últimas informações do Ministério da Economia, a estimativa é de um aumento de 10,25% no IPCA e de 9,1% no INPC em 2021.
Assim, caso o governo reajuste os valores do mínimo pelo INPC, o novo valor pode chegar a R$ 1.200,10, o que significa um aumento de R$ 31 sobre a previsão anterior que consta da Lei Orçamentária enviada ao Congresso Nacional no meio deste ano, previsto para R$ 1.169,00.
Outros benefícios
Se o salário mínimo tiver reajuste de 9,1% esse índice acaba incidindo ainda sobre os demais benefícios pagos pelo INSS, sendo:
- Aposentadorias do INSS - teto passará de R$ 6.433,57 para R$ 7.019,02;
- Abono salarial PIS/Pasep, cujo piso deve passar a ser de R$ 100,00 e o teto de R$ 1.200,10;
- Seguro-desemprego, cuja maior parcela pode chegar a R$ 2.071,16.
Ainda assim, esses valores são uma estimativa. O salário mínimo de 2022 só será confirmado em janeiro, após cálculo oficial da inflação no ano.
O objetivo ao reajustar o salário mínimo é fazer com que o mesmo aumento dos produtos e serviços seja imputado nas remunerações. Dessa forma, os trabalhadores conseguem, teoricamente, manter o mesmo padrão de vida.
O governo federal vai iniciar em novembro os pagamentos do Auxílio Brasil. Com o fim do Auxílio Emergencial, beneficiários do Bolsa Família terão agora um valor reajustado em 20%. A promessa de pagar R$ 400 já em novembro não irá se concretizar, visto que a PEC dos precatórios ainda não foi aprovada.
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