O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) oficializou nesta terça-feira (24), por meio da Portaria MGI Nº 4.919 publicada no Diário Oficial da União, a composição da Comissão de Governança que vai coordenar a segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU 2025).

A expectativa para o novo CNU 2025 é grande, pois o certame oferecerá 3.652 vagas para cargos de níveis médio e superior, distribuídas em 36 órgãos e ministérios federais, entre eles importantes instituições como o IBAMA, a Polícia Federal e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A maior parte das vagas - cerca de 3.000 - será concentrada em órgãos com sede em Brasília, mas também haverá oportunidades para quem deseja trabalhar em São Paulo, Rio de Janeiro, Pará e Pernambuco.

O que fará a comissão do CNU

A Comissão de Governança será formada por representantes de diversos órgãos estratégicos, que atuarão para assegurar que todas as fases do concurso estejam em conformidade com as normas legais e administrativas. A coordenação ficará sob a responsabilidade da servidora Regina Coeli Moreira Camargo, do MGI.

Além do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, compõem a comissão:

  • Advocacia-Geral da União (AGU) - Representada por Gabriel Leão Cabral e Luana Focetola Regazone (suplente)
  • Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom) - Marcia Luiza de Araujo e Souza e Fábio Lúcio Koleski (suplente)
  • Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) - Manuel Fernando Palácios da Cunha e Melo e Isabel Cristina Silva Chagas (suplente)
  • Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) - Fernando Gaiger Silveira e Alexandre dos Santos Cunha (suplente)
  • Fundação Escola Nacional de Administração Pública (Enap) - Alexandre de Ávila Gomide e Lincoln Moreira Jorge Junior (suplente)

A banca organizadora responsável pelo concurso será a Fundação Getúlio Vargas (FGV), escolhida pelo MGI para conduzir todo o processo seletivo.

Cronograma previsto CNU 2025

Confira abaixo o cronograma previsto do CNU 2025:

  • Publicação do edital e início das inscrições: Julho de 2025
  • Aplicação da prova objetiva: 5 de outubro de 2025
  • Prova discursiva (segunda fase): 7 de dezembro de 2025
  • Resultado final: Fevereiro de 2026

As provas objetivas ocorrerão em até 228 cidades, buscando ampliar o acesso dos candidatos em todo o país. A prova discursiva será aplicada apenas para os aprovados na primeira fase, sendo convocados em até 9 vezes o número de vagas oferecidas para cada cargo.

Vagas e salários CNU 2025

A oferta das 3.652 vagas será dividida entre:

  • Nível médio: 508 vagas
  • Nível superior: 3.144 vagas

Os cargos contemplam as mais variadas áreas de atuação no serviço público federal, incluindo ministérios, autarquias e fundações.

Os salários iniciais para os cargos de nível superior podem chegar a R$ 17.726,42, valor equivalente ao cargo de Especialista em Regulação nas Agências Reguladoras. Já para os cargos de nível médio, as remunerações iniciais variam entre R$ 4.787,59 e R$ 8.697,59.

Além do salário, os servidores contarão com auxílio-alimentação de R$ 1.000, auxílio-saúde de R$ 215 e auxílio-educação de R$ 484,90.

Novas carreiras e modernização do serviço público

A edição de 2025 traz novidades importantes: o CNU incorporará duas carreiras transversais, voltadas para profissionais de nível superior, com atuação estratégica em vários órgãos. São elas: Analista Técnico de Justiça e Defesa e Analista Técnico de Desenvolvimento Socioeconômico.

Essas funções terão salários iniciais a partir de R$ 9.711, com possibilidade de chegar a R$ 21.070 ao longo da carreira. Segundo a ministra do MGI, Dweck, essas novidades fazem parte de um plano para modernizar o serviço público, tornando-o mais eficiente e alinhado às demandas atuais.

Inovações no edital e aplicação das provas

Em comparação à primeira edição do CNU, quando foram publicados oito editais separados por blocos temáticos, a organização adotará agora um único edital, com divisão em nove blocos temáticos para melhor organização dos conteúdos.

Outra inovação será a adoção de códigos de barras nas folhas de respostas, substituindo o tradicional método de marcação por bolinhas, o que promete aumentar a segurança e a precisão na correção das provas.

O governo também estuda aplicar o exame em dois dias diferentes — formato semelhante ao do Enem — para distribuir melhor as avaliações e reduzir o desgaste dos candidatos. Ainda está em análise a possibilidade de uma prova extra, destinada a candidatos que enfrentarem emergências no dia da aplicação, garantindo mais justiça e flexibilidade no processo.