Ministra do MGI dá coletiva e fala sobre as provas do CNU 2025

A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, foi a convidada do programa "Bom Dia, Ministra" desta quarta-feira (1º). Durante a entrevista, ela apresentou os preparativos finais para a segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU).

As provas acontecem no domingo de 5 de outubro em 228 cidades, reunindo candidatos de 4.951 municípios. Ao todo, mais de 760 mil inscrições foram confirmadas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que aplicará as provas. Os locais podem ser conferidos no site da FGV.

Segundo a ministra, o objetivo do concurso vai além do preenchimento das 3.652 vagas em 32 órgãos do Executivo. "O nosso mantra é ter um serviço público com a cara do Brasil. Isso significa diversidade, para que as políticas públicas reflitam de fato a realidade da população", destacou.

Inscritos

A maior parte dos candidatos é do Sudeste, com 247,8 mil inscritos, seguido pelo Nordeste (229,4 mil), Centro-Oeste (150,8 mil), Norte (84,6 mil) e Sul (48,7 mil).

Entre os estados, Rio de Janeiro (108 mil), Distrito Federal (102 mil), São Paulo (77 mil), Bahia (65 mil) e Minas Gerais (51 mil) concentram o maior número de participantes.

Uma das novidades do CPNU 2 é a aplicação da nova Lei de Cotas, aprovada pelo Congresso. Agora, 30% das vagas estão reservadas: 25% para pessoas negras, 3% para indígenas e 2% para quilombolas. "Na edição anterior, um terço dos aprovados foi de cotistas. Este ano, vamos ampliar ainda mais essa participação", disse Dweck.

A ministra ressaltou a importância da inclusão de indígenas e quilombolas em todos os órgãos, não apenas em vagas específicas. "Precisávamos garantir que todas as cotas estivessem presentes nas chamadas, inclusive nos casos de excedentes", explicou.

Mais mulheres

Outro foco é a redução da desigualdade de gênero. Embora 57% dos inscritos do concurso anterior fossem mulheres, apenas 37% chegaram à aprovação final. Para corrigir esse descompasso, o governo adotou uma nova estratégia: após a primeira classificação, haverá um ajuste para equilibrar a presença de homens e mulheres na segunda etapa.

"Se tivermos 60 homens e 40 mulheres chamados, vamos incluir mais 20 mulheres, totalizando 120 candidatos. Assim, mantemos a igualdade de oportunidades", exemplificou a ministra.

Dweck destacou que não se trata de reserva de vagas, mas de equidade no processo. "As mulheres ainda enfrentam dupla ou tripla jornada, o que afeta a preparação para provas objetivas. Mas muitas têm um excelente desempenho em etapas que exigem análise e redação. Queremos dar a elas as mesmas condições de avançar", afirmou.

O concurso nacional unificado 2 deve começar a chamar aprovados só no ano que vem, pois aplicará ainda a prova discursiva em dezembro para aprovados na etapa objetiva. Veja as datas do CNU 2025:

Cronograma CPNU 2