Entre as medidas apresentadas pelo governo federal, estão a suspensão de novos concursos e o congelamento do reajuste dos servidores públicos. A proposta é que o reajuste dos servidores passe a valer somente em agosto do ano que vem e não em janeiro, como de costume. Desta forma, o governo economizaria R$ 8,5 bilhões, segundo Nelson Barbosa, Ministro do Planejamento.

A suspensão apresentada é parcial, o Poder Judiciário, o Poder Legislativo, o Ministério Público e a Defensoria Pública têm autonomia orçamentária. O Executivo não tem poder para determinar a suspensão de concursos em outros Poderes ou no Ministério Público. Assim como o Executivo Federal não tem ingerência sobre os Estados e os Municípios. Os Estados e Municípios continuarão tendo concursos comumente, pois também possuem independência orçamentária. As Empresas estatais e as sociedades de economia mista, como o Banco do Brasil, Correios, Caixa, Banrisul, entre outras, continuarão tendo que contratar novos servidores para manter a competitividade. Além disso, precisam cumprir com as decisões do Tribunal de Contas da União de substituir terceirizados. Para tanto, é necessária a realização de novos concursos.

Concursos cujos editais eram previstos para sair e podem ser suspensos são: ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres); Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária); Banco Central; Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis); Ministério da Fazenda; Polícia Rodoviária Federal; Receita Federal; entre outros, incluindo Universidades Federais. Os concursos já autorizados, como INSS, FUNAI, ANS, ANP, ANAC e IBGE, devem ter os editais lançados dentro do prazo previsto em suas respectivas autorizações.

Os demais cortes apresentados pelo governo para 2016 são: eliminação do abono de permanência, projeto sobre o teto de remuneração dos servidores, redução nos gastos administrativos e com cargos, corte no Minha Casa, Minha Vida, corte no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) via emendas parlamentares, corte na saúde, via emendas, corte no programa de subvenção de preços agrícolas. Todas as medidas ainda dependem de aprovação pelo Congresso Nacional.

O governo também apresentou medidas para a conquista de novas receitas, tais como a elevação do Imposto de Renda para contribuintes com altas rendas que vendam bens de altos valores e a criação de uma nova contribuição, nos moldes CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras), com alíquota de 0,2%, apresentadas pelo Ministro da Fazenda, Joaquim Levy.