Após a nova proposta do Governo Federal para a implementação de um novo formato para a aplicação dos concursos públicos no país, diversas dúvidas começaram a surgir. A iniciativa visa englobar 7.826 vagas recentemente autorizadas para cargos públicos dentro do âmbito do Poder Executivo.

Essa alteração tem como objetivo modificar a concepção tradicional dos concursos públicos, com o objetivo de tornar o acesso à administração pública mais democrático, acessível e afinado com as necessidades dos candidatos.

Como vai funcionar o Concurso Nacional Unificado?

O Governo Federal planeja realizar a prova em um único dia, abrangendo 180 cidades. Dessa forma, os candidatos precisarão efetuar apenas uma inscrição e poderão concorrer a diferentes cargos dentro do bloco temático de sua escolha.

O bloco funcionará da seguinte forma: se um candidato optar pelo bloco temático "políticas sociais, justiça e saúde", o maior bloco em termos de número de vagas, ele se inscreverá uma única vez e concorrerá a vagas em órgãos como FUNAI, FIOCRUZ, Ministério da Saúde e Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Além da prova de conhecimentos gerais que será aplicada a todos os participantes do Concurso Nacional Unificado, os inscritos no bloco temático "políticas sociais, justiça e saúde" realizarão uma prova de conhecimentos específicos exclusiva para esse grupo. Essa abordagem visa aprimorar a seleção e garantir que os candidatos estejam bem preparados para os cargos que desejam ocupar.

Da mesma forma, aqueles que almejam o cargo de Auditor-Fiscal do Trabalho terão a oportunidade de se inscrever no bloco temático "Trabalho e Previdência", que compreende um total de 940 vagas. Dentre essas vagas, 900 estão destinadas ao cargo de Auditor-Fiscal do Trabalho, enquanto 40 são reservadas para o cargo de analista administrativo da PREVIC (Superintendência Nacional de Previdência Complementar).

Distribuição dos blocos do CNU

A distribuição das vagas ainda não está totalmente definida, mas o MGI divulgou um escopo do que deve acontecer. Ainda dentro do prazo para órgãos manifestarem se querem ou não participar do concurso unificado, a amostra inicial ficou estabelecida da seguinte maneira:

Bloco 1 - Administração e Finanças Públicas: Compreendendo 580 vagas distribuídas entre o MGI, Ipea, MF, MPO, BCB, CVM e MDIC.

Bloco 2 - Agências Reguladoras e Infraestrutura: Abrangendo um total de 985 vagas destinadas ao Inmetro, INPI, ANTAQ, ANTT, ANAC, Anatel, Aneel, ANA, Anvisa, ANS, MGI e DNIT.

Bloco 3 - Agricultura e Meio Ambiente: Incluindo 298 vagas designadas para o MAPA e MMA.

Bloco 4 - Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação: Englobando 1.194 vagas distribuídas entre Inmet, MCT, CNPQ, FNDE, Inep e Capes.

Bloco 5 - Políticas Sociais, Justiça e Saúde: Contemplando 1.470 vagas alocadas no MGI, Funai, Fiocruz, MS e MJSP.

Bloco 6 - Trabalho e Previdência: Com um total de 940 vagas destinadas ao MTE e Previc.

Bloco 7 - Dados, Tecnologia e Informação: Compreendendo 894 vagas distribuídas entre o IBGE e MGI.

Bloco 8 - Nível médio: Incluindo 692 vagas alocadas no IBGE, MAPA e Funai.

Cada bloco temático terá suas próprias comissões organizadoras, formadas pelos órgãos participantes, para estabelecer as regras e elaborar as questões da prova do Concurso Nacional Unificado.

Como estudar para o Concurso Nacional Unificado?

De acordo com o bloco temático, os candidatos serão submetidos a duas provas: uma prova de matriz comum, que será aplicada a todos os inscritos no Concurso Nacional Unificado (CNU), e uma prova específica direcionada ao bloco.

É importante destacar que o Ministério de Gestão e Inovação esclareceu, durante a transmissão ao vivo realizada em 1º de setembro, que no momento da inscrição, o candidato terá a flexibilidade de escolher para quais cargos deseja concorrer dentro do bloco temático, além de indicar sua preferência. Essa preferência será levada em consideração, levando em conta a classificação do candidato e a disponibilidade de vagas.

No entanto, é necessário aguardar até o dia 29 de setembro para ter informações definitivas sobre quais órgãos optarão por participar do Concurso Nacional Unificado, pois a adesão a esse processo é de caráter facultativo para essas entidades administrativas.

No entanto, uma preocupação que está no horizonte dos candidatos é a definição das matérias que serão abordadas no concurso unificado. No pior cenário, as informações detalhadas sobre as disciplinas só serão reveladas com a publicação do edital, prevista para ocorrer até 20 de dezembro.