O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos confirmou na noite deste domingo (5) que 42,8% dos inscritos não compareceram às provas da segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CNU).

Apesar de representar uma melhora em relação à edição anterior — que ultrapassou 50% de abstenção —, o número ainda é expressivo. No total, 761.545 candidatos se inscreveram, e cerca de 435 mil compareceram para realizar as provas objetivas. O Amazonas liderou o índice de ausências, com 51,2% de faltosos, enquanto o Distrito Federal registrou o menor percentual: 30,8%.

Para a ministra da Gestão, Esther Dweck, o CPNU ultrapassou a barreira de ser apenas um processo seletivo. "O concurso já se consolidou como uma política pública. Ele está ajudando a construir um serviço público com a cara do Brasil", afirmou em coletiva.

Bastidores do dia de prova

Durante a tarde, enquanto candidatos faziam as provas em todo o país, Dweck visitou o Centro Integrado de Comando e Controle Nacional (CICCN), em Brasília. No local, equipes de todos os estados monitoravam o andamento do exame em tempo real.

"Vocês estão garantindo que tudo ocorra sem intercorrências. E, se houver qualquer imprevisto, sei que estarão atentos para agir rápido", agradeceu a ministra aos servidores mobilizados.

O que vem pela frente

O gabarito preliminar das provas objetivas será divulgado nesta segunda-feira (6) às 10h no site da FGV, banca que aplicou as provas, junto com o caderno de questões. Os candidatos poderão entrar com recursos nos dias 7 e 8 de outubro.

Segundo o cronograma oficial, o resultado final das provas objetivas e a convocação para a segunda fase sairão em 12 de novembro. Nessa mesma data, haverá chamadas para avaliação de títulos e verificação das cotas raciais e de deficiência (PCD).

A prova discursiva está marcada para 7 de dezembro, com resultado preliminar previsto para 23 de janeiro de 2026. As convocações dos aprovados devem começar em 16 de março de 2026, incluindo nomeações e, quando necessário, cursos de formação.

Um concurso de dimensões históricas

O CNU 2025 oferece 3.652 vagas em 32 órgãos federais, sendo 3.144 para nível superior e 508 para nível intermediário.

São 2.480 vagas imediatas e 1.172 para cadastro de reserva, o que reforça a aposta do governo em um modelo mais ágil e integrado de seleção pública.

Os dados finais de abstenção e desempenho devem ser consolidados e divulgados nesta segunda-feira (6) pelo Ministério da Gestão.