Boa notícia a aposentados e pensionistas do INSS! A partir de agora esse público terá taxas de juros mais baixas para operações do crédito consignado junto aos bancos. O Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS) aprovou quase por unanimidade (14 a 1) a redução do teto da taxa de juros para 1,84% ao mês. Essa redução faz parte das medidas propostas pelo governo e entrará em vigor logo após a publicação no Diário Oficial da União, o que deve acontecer na próxima segunda-feira, dia 16.

O conselho disse que a medida segue a diminuição da Taxa Selic, que teve seu corte de 0,5 ponto percentual pelo Copom em setembro. Com isso, bancos terão que reduzir suas taxas para o crédito consignado do INSS.

As instituições financeiras sugeriram adiar a discussão sobre os novos limites até a próxima reunião do Copom, em outubro. Porém, o CNPS decidiu aprovar a proposta do governo, que levou em consideração os interesses dos aposentados.

Esse impasse sobre os limites dos juros do crédito consignado do INSS já aconteceu anteriormente, causando desentendimentos entre os Ministérios da Previdência Social e da Fazenda. No final das contas, o presidente Lula decidiu por um limite de 1,97% ao mês. Agora, com a nova redução, os aposentados e pensionistas terão taxas mais baixas em futuras operações de crédito consignado. Veja como fica:

  • Teto para empréstimo consignado INSS - Limite anterior: 1,91% ao mês / Novo limite: 1,84% ao mês
  • Teto de juros para o cartão de crédito consignado do INSS - Limite anterior: 2,83% / Novo limite: 2,73% ao mês.

Febraban critica

Em nota, a Febraban criticou a medida, afirmando que a equipe econômica do governo está se esforçando para melhorar o ambiente de crédito, por exemplo, por meio da aprovação do Marco de Garantias e do lançamento do Programa Desenrola.

No entanto, a Previdência estaria reduzindo de forma arbitrária, os limites de juros do consignado do INSS, sem considerar critérios técnicos ou os custos envolvidos na captação de recursos e concessão de empréstimos para os aposentados.

Dessa forma, a Federação espera que haverá queda no volume de concessões dos empréstimos consignados. Essas reduções artificiais prejudicam especialmente os aposentados mais idosos e de menor renda, que dependem desse tipo de crédito para pagar suas dívidas, despesas médicas, contas e alimentos, disse a Febraban.

A Febraban disse ainda que quase metade dos aposentados que tomaram empréstimos consignados estavam com o nome negativado e que a medida terá efeito contrário ao esperado, prejudicando os mais vulneráveis e dificultando o acesso deles a crédito mais acessível.