No mês de fevereiro, após a inflação dos alimentos assombrar a mesa dos brasileiros, o preço da cesta básica diminuiu em 13 das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

Entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023, os maiores percentuais de alta foram encontrados nas cidades do Nordeste: Recife (7,61%), João Pessoa (6,80%), Aracaju (6,57%) e Natal (6,47%). Já as reduções mais enfáticas aconteceram nas capitais da região Sul: Curitiba (-0,50%), Porto Alegre (-1,08%) e Florianópolis (-1,11%).

Já em São Paulo, a cesta básica de janeiro apresentou o maior valor, ficando em R$ 790,57, seguida do Rio de Janeiro, que fechou o mês com R$ 770,19, Florianópolis com R$ 760,65 e Porto Alegre em R$ 757,33.

Comparando janeiro de 2022 e janeiro de 2023, todas as capitais tiveram aumento nos preços, com variações entre 7,19% em Vitória e 16,11% em Belém.

Preço da cesta básica em fevereiro 2023

No mês de fevereiro de 2023, as maiores quedas ocorreram em Belo Horizonte (3,97%), Rio de Janeiro (3,15%), Campo Grande (3,12%), Curitiba (2,34%) e Vitória (2,34%).

As capitais de Belém (1,25%), Natal (0,64%), Salvador (0,34%) e João Pessoa (0,01%), que ficam nas regiões Norte e Nordeste do país, tiveram os maiores aumentos nos preços.

Já a cesta básica mais cara foi encontrada na cidade de São Paulo, custando R$ 779,38, seguida por Florianópolis (R$ 746,95), Rio de Janeiro (R$ 745,96) e Porto Alegre (R$ 741,30). No entanto, o preço mais barato foi localizado em Aracaju (552,97), seguido por Salvador (R$ 596,88), João Pessoa (R$ 600,10) e Recife (R$ 606,93).

Quais itens da cesta básica ficaram mais baratos?

Dos principais produtos da cesta, o óleo de soja teve queda de preço em 15 das 17 cidades pesquisadas, e o destaque é no Rio de Janeiro, com redução de 6,46%. O tomate diminuiu em 13 capitais, sendo em Florianópolis (-21,82%) o maior destaque. Já o preço do café em pó reduziu em 12 capitais, com maior valor em Goiânia (-2,8%).

Dentre os preços dos alimentos, o pão francês aumentou em 13 cidades, ficando em 3,4% mais caro em Porto Alegre. O preço do feijão subiu em 12 capitais, principalmente em Porto Alegre, com um aumento de 4,15%, e o arroz agulhinha encareceu em 11 cidades, incluindo Porto Alegre, com 4,5%.

O preço do leite também teve um adicional em 11 capitais, inclusive Florianópolis, ficando 6,88% mais caro.

De acordo com o Dieese, levando em consideração que a cesta básica mais cara do país é a de São Paulo, para que o trabalhador possa cobrir as necessidades básicas da família como alimentação, saúde, educação, higiene, vestuário, moradia, transporte, lazer e previdência (previsto na Constituição Federal), o valor do salário mínimo deveria ser de R$ 6.547,58.

Desta forma, o aumento representa 5,03% o valor vigente do salário mínimo, que está em R$ 1.302.