Na última segunda-feira (10), a Petrobras anunciou uma nova redução de 5% no preço do gás natural para as distribuidoras. No entanto, o valor deve ser atualizado apenas no dia 1º de novembro de 2022.

É importante ressaltar que o reajuste final repassado para o consumidor ainda não é certo, já que existem outros fatores que podem influenciar os preços, como as margens de lucro das distribuidoras e dos postos de revenda e os tributos federais e estaduais.

A petroleira já havia feito um reajuste nos preços do gás natural nos últimos dias.

Por que os preços do GN oscilam?

As oscilações nos valores do GN (Gás Natural) acontecem por causa da adoção da PPI (Política de Preços de Paridade de Importação). Isso ocorre porque existe um vínculo dos preços praticados no país aos que são praticados no mercado internacional, onde a referência dos valores é o barril de petróleo tipo brent, que é calculado em dólar.

Em nota, a Petrobras disse que a redução segue os contratos acordados com as distribuidoras. A Petrobras diz também que o petróleo teve redução de 11,5% e o câmbio sofreu uma depreciação de 6,5% no último trimestre.

De acordo com a empresa petrolífera, é realizado uma atualização trimestral dos valores do gás natural, a fim de evitar o repasse da volatilidade do mercado internacional para o consumidor interno. Dessa forma, a função desse movimento é apresentar uma maior previsibilidade. A Petrobras ainda reforçou que os contratos são públicos e divulgados no site da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).

Preço dos botijões GLP

No caso dos botijões à base do GLP (Gás Liquefeito de Petróleo), não haverá impacto por causa do reajuste. A redução irá beneficiar os moradores que consomem gás natural canalizado e os motoristas de carros com GNV (Gás Natural Veicular).

Para os setores da indústria que consomem o gás natural como fonte de energia, também deverão ser beneficiados, como na produção farmacêutica, química, metalúrgica e têxtil, por exemplo.