A Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil divulgaram que farão uma diminuição nas taxas de juros aplicadas ao crédito consignado, destinado a beneficiários e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A medida tem efeito imediato e foi tomada em resposta à decisão do Banco Central de reduzir a taxa básica de juros, conhecida como Selic, em 0,5 ponto percentual.

Na noite de quarta (2), o Comitê de Política Monetária (Copom) optou por reduzir a Selic de 13,75% para 13,25%, o primeiro corte na taxa básica de juros em um período de três anos. Dessa forma, o financiamento junto a bancos fica um pouco mais barato. A Selic baliza todos os juros cobrados pelos bancos no país e serve para controlar a inflação.

Novas taxas de consignado do INSS

Após o anúncio do Copom, a Caixa e o Banco do Brasil emitiram comunicados confirmando a intenção de diminuir suas próprias taxas de juros em diversas linhas de crédito, seguindo a redução na Selic.

No que se refere à Caixa, a taxa de juros para empréstimos consignados concedidos aos beneficiários do INSS será ajustada agora:

  • de 1,74% para um patamar de 1,70% ao mês, a partir desta quinta-feira (3).

"Com a diminuição, em um contrato com valor líquido de R$ 10 mil, em 84 meses, o cliente passa a economizar um valor superior ao de uma prestação ao final do pagamento do contrato", exemplificou a instituição.

Por outro lado, o Banco do Brasil informou que as novas taxas de juros para várias modalidades de empréstimos - como consignado, automático, salário, benefício, renovação e 13º salário - entrarão em vigor a partir da sexta-feira (4). O crédito consignado destinado aos beneficiários do INSS no Banco do Brasil terá agora:

  • taxa mínima reajustada de 1,81% para 1,77% ao mês e máxima passa de 1,95% agora para 1,89% ao mês.

Adicionalmente, o Banco do Brasil destacou sua intenção de reduzir as taxas em produtos como desconto de títulos, capital de giro, conta garantida e outros, com as reduções variando de acordo com o perfil individual de cada cliente.

No início deste ano, o Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) reduziu o limite máximo de taxas de juros de 2,14% para 1,70%.

Esse movimento levou os bancos, incluindo a Caixa e o Banco do Brasil, a suspenderem temporariamente a disponibilidade dessa modalidade de empréstimo. Na época, as instituições alegaram que, devido a taxa básica de juros Selic estar em 13,75% ao ano, além do limite imposto naquela época, o produto resultaria em margens negativas.

Algumas semanas depois, após negociações entre os bancos e os Ministérios da Previdência e da Fazenda, o limite máximo foi revisado para 1,97% ao mês, possibilitando assim que os bancos retomassem a oferta.