Vários usuários do aplicativo da Caixa Econômica Federal reclamam desde ontem (1) que o aplicativo do banco está fora do ar. Os clientes informam que o app está inacessível e falhas no aplicativo seguem acontecendo de forma recorrente nesta terça, 2 de março. O aplicativo do banco é sempre muito utilizado no início de cada mês, pois providencia pagamentos de diversos benefícios sociais, como o PIS e o FGTS. Operações como pagamentos de contas ou uso do Pix estão impraticáveis com a demora do serviço.

O Downdetector, site que faz registro de reclamações e problemas dos usuários, mostra que o pico dos problemas ocorreu ontem (1), mas nesta manhã, as reclamações de usuários persistiam. Veja:

Número de reclamações do app da Caixa - Fonte: Down Detector
Número de reclamações do app da Caixa - Fonte: DownDetector

Nesta manhã, por volta das 11h, ainda eram cerca de 700 reclamações, com pico na tarde de ontem por volta das 13h30, onde cerca de 1.300 reclamações haviam sido feitas. As cidades de São Paulo, Porto Alegre, Curitiba e Brasília tiveram a maior quantidade de usuários com problemas.

Nas redes sociais, clientes reclamavam dos problemas. Em nota, a Caixa disse que "o serviço de Internet Banking apresentou intermitência na segunda-feira (01/03) e que a normalização do acesso ao aplicativo começou a acontecer no período da tarde".

Nas redes sociais, usuários reclamam de falhas no app da Caixa - Reprodução: Twitter
Nas redes sociais, usuários reclamam de falhas no app da Caixa - Reprodução: Twitter

Auxílio Emergencial

A votação da PEC que pode possibilitar a volta do Auxílio Emergencial em 2021 pode acontecer nesta terça, 3. Após solicitação do adiamento da votação por parte de parlamentares na semana passada, lideranças sindicais e de movimentos sociais e líderes partidiários optaram por dar início à discussão do texto hoje.

O motivo que gerou os pedidos de adiamento da votação foi o fato do relatório apresentado pelo senador Márcio Bittar vincular o pagamento do auxílio emergencial à aprovação da PEC, que com o texto atual prevê o fim do piso para investimento orçamentário nas áreas da saúde e educação. "Os senadores manifestaram o risco de não haver a aprovação da PEC em função de forçarem a barra para essa gangorra, essa compensação, essa contrapartida direta entre aprovar o auxílio emergencial e fazer alterações estruturais de ajuste fiscal na Constituição, ameaçando o investimento na educação e na saúde. Essa troca, esse trade off é que está tensionando um pouco", explicou o líder da Minoria, senador Jean Paul Prates.

O Auxílio Emergencial será retomado em 2021 e deve ser pago para metade dos aptos a receberem o benefício no ano passado - algo em torno de 34 milhões de brasileiros.

De acordo com as declarações do presidente Jair Bolsonaro, o valor do benefício deve cair para R$ 250 por mês e o pagamento deve ocorrer em 4 parcelas, entre março e junho. "Teremos duas curvas, uma de vacinação em massa subindo, para imunizar a população, e garantir um retorno seguro ao trabalho, enquanto as camadas protetivas, que eram 600 (reais), caíram para 300 (reais), agora podem descer, digamos, para 250 (reais), uma coisa assim, e depois aterrissa de novo no programa Bolsa Família", disse Guedes em live ao Banco BTG.