Todo começo de ano, os brasileiros precisam arcar com diferentes contas e impostos. Dentre elas, o Imposto sobre Propriedades de Veículos Automotores (IPVA), é o tributo cobrado de todo cidadão com um veículo no Brasil.

A partir do alto número de impostos e contas a pagar que fazem parte deste período, estão aumentando, também, o número de golpes que envolvem os tributos. Dentre eles, é possível citar o golpe do IPVA.

Inclusive, ele está fazendo diversas vítimas por todo o país. Diante disso, é fundamental saber como o golpe funciona, e como você pode se proteger. Abaixo, confira os detalhes.

Golpe do IPVA

O IPVA é um imposto brasileiro que é cobrado sobre a propriedade de veículos. Trata-se de um imposto estadual, ou seja, apenas os Estados e o Distrito Federal têm competência para instituí-lo conforme o art.º 155, III da Constituição Federal.

No golpe do IPVA, os criminosos mandam falsos boletos para as pessoas. Os boletos podem chegar via e-mail, correio, mensagens de texto, e até mesmo no WhatsApp. Inclusive, os documentos falsos simulam dados de um órgão oficial para enganar e fazer vítimas.

A partir disso, o pagamento é feito para o fraudador, e não para o órgão oficial. E para os advogados especializados, a recuperação do dinheiro perdido é muito difícil, por conta da sofisticação dos golpes aplicados.

Em suma, os boletos de pagamento do IPVA sempre são emitidos por meio do site da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) ou do Detran (Departamento Estadual de Trânsito) de cada estado.

Além disso, os criminosos podem aplicar golpes por meio do telefone, ou mensagem de texto. Na ligação, os golpistas fingem ser um empregado do governo ou do Detran, e cobram o pagamento do IPVA.

Como se proteger?

Se você receber um boleto falso de cobrança do IPVA via e-mail, a orientação é desconfiar do mesmo, e não realizar o pagamento. A principal dica é que o próprio contribuinte acesse o site e gere o boleto ele mesmo.

Além disso, sempre desconfie se você receber um boleto de um remetente desconhecido e se for contatado por alguém afirmando ser um funcionário do governo ou do departamento de trânsito.

De acordo com Victor Mahon, CBO e sócio da Zapay, "Se você suspeitar de qualquer coisa, não envie dinheiro ou forneça informações pessoais e, em vez disso, entre em contato com o departamento de trânsito ou o governo local para verificar a veracidade da solicitação".

Outra dica importante, é JAMAIS fornecer o seu número de cartão de crédito, senha de conta bancária, e nenhuma informação pessoal ou financeira para quem entrar em contato com você. A menos é claro, que você esteja certo de que a pessoa é legítima.

E caso você tenha caído no golpe, e tenha feito o pagamento do boleto falso, a dica é realizar um Boleto de Ocorrência (BO). Ele pode ser feito, de forma exclusiva, pela internet, segundo o presidente da ADDP, Francisco Gomes Junior.

Por fim, Gomes finaliza: "O melhor caminho é procurar a autoridade policial e um advogado que possa analisar se houve alguma responsabilidade do banco, por exemplo".