Foi aprovado na última quarta-feira, 08, o PL 3.626/2023 que regulamenta as apostas esportivas de quota fixa pela Comissão de Esporte do Senado. Essa medida, que já passou pela Câmara dos Deputados, promete não apenas movimentar o mercado de apostas, mas também gerar um grande impacto no emprego no Brasil.

O projeto, uma das propostas do Ministério da Fazenda para aumentar a arrecadação federal, estabelece regras claras para o mercado de apostas esportivas. Com a tributação de prêmios e casas de apostas, definição de taxas de operação e regras para publicidade, o governo federal planeja arrecadar até R$ 15 bilhões, contribuindo para atingir metas fiscais.

O texto, que passa por análise na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, poderá trazer grandes mudanças, incluindo a possibilidade de autorizações de até cinco anos e uma carga tributária de 18% para as casas esportivas e até 30% para os prêmios obtidos por apostadores.

Evolução do mercado de apostas esportivas no Brasil

Desde a legalização das apostas esportivas online em 2018 no país, o mercado vem crescendo, mesmo com desafios como a suspensão de competições durante a pandemia da Covid-19.

Grandes eventos esportivos, como a Copa do Mundo de 2022 no Catar, impulsionaram ainda mais esse mercado, tornando o Brasil um dos países com maior tráfego em sites de apostas.

A expectativa é de que o setor fature R$ 12 bilhões em 2023, um aumento de 71% em relação a 2020. Com a regulamentação, as casas esportivas online, atualmente operando em domínios internacionais, poderão expandir e operar de forma mais robusta no Brasil.

Potencial de geração de empregos

A regulamentação das apostas esportivas não apenas impactará o mercado financeiro, mas também abrirá portas para a geração de empregos em diversas áreas. Desde equipes de TI, programadores, profissionais de Marketing até designers gráficos e especialistas em SEO, o setor demandará uma variedade de habilidades.

Além disso, a publicidade e patrocínio em times esportivos já são uma realidade, criando oportunidades de trabalho indireto, uma vez que o governo percebe nesses ajustes uma estratégia para captar recursos destinados ao financiamento de iniciativas sociais e projetos de infraestrutura planejados para o período.

No Brasil, onde 19 dos 20 clubes da série A do Brasileirão são patrocinados por empresas de apostas, a indústria promete gerar empregos não apenas diretamente ligados à atividade, mas também em setores como limpeza, segurança e atendimento ao cliente.