O governo federal planeja abrir entre 9 mil e 10 mil novas vagas em novos concursos até 2026. A Ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, compartilhou essa informação em uma entrevista ao jornal 'O Globo' na semana passada.

De acordo com Dweck, a iniciativa faz parte de uma estratégia para melhorar a gestão de servidores públicos, concursos e estatais. Mesmo que ela tenha esclarecido que não há espaço para aumentos salariais para os servidores públicos neste ano, a notícia sobre as novas vagas é um alento para quem busca estabilidade profissional.

Vai ter outro Concurso Unificado?

A previsão é que o novo Concurso Nacional Unificado ocorra entre 2025 e 2026, com vagas suficientes para atender à demanda. No ano passado, já foram autorizadas 9 mil vagas, excluindo setores como educação e militares, que possuem regras específicas.

Agora, a expectativa é dobrar esse número até 2026, criando entre 9 mil ou 10 mil, seja por meio de novos concursos ou chamando excedentes de concursos já autorizados.

Para aqueles que veem nos concursos públicos uma oportunidade de estabilidade e crescimento profissional, as perspectivas são promissoras. Estima-se que entre 18 mil e 20 mil novas contratações sejam realizadas nos próximos anos.

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Outras iniciativas da ministra

Além das oportunidades em concursos, Esther Dweck também está focada em outros projetos, como a transferência de imóveis da União para diferentes entes federativos, movimentos sociais e setor privado. Mais de 500 imóveis já estão em análise para repasse, e a intenção é ampliar esse número para pelo menos mil.

A gestão eficiente desses imóveis pode resultar na construção de habitações e equipamentos públicos. A Secretaria de Patrimônio da União (SPU) contará com a colaboração do BNDES e da Caixa para estruturar projetos que utilizem o portfólio de imóveis federais.

Reajuste salarial para servidores públicos

O impacto total do aumento de 9% do ano passado, com pagamento a partir de junho de 2023, está sendo sentido neste ano, absorvendo mais de R$ 4 bilhões no Orçamento. Há uma alocação de recursos para a expansão da folha de pagamento de quase R$ 7 bilhões. Caso o governo optasse por um aumento linear, o percentual seria modesto e favoreceria mais aqueles que têm salários mais elevados.

Assim, foi decidido direcionar os recursos para benefícios, especialmente o auxílio-alimentação - que deve passar dos atuais R$ 658,00 para R$ 1.000,00 em maio, visando principalmente os servidores de menor renda.

Foi negociado com os ministérios da Fazenda e do Planejamento um aumento de 18% nos salários dos servidores civis ao longo dos próximos quatro anos. Além dos 9% já anunciados, haverá um acréscimo de 4,5% em 2025 e 4,5% em 2026. Com essa proposta, os servidores terão um incremento total de 18%, distribuído ao longo de três anos, equiparando-se aos aumentos concedidos ao Legislativo e ao Judiciário. Por enquanto, essa é a margem fiscal disponível.