O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) chegou a um acordo com os servidores do Banco Central (BC) referente a reestruturação da carreira no BC. O ato foi estabelecido durante uma mesa específica e temporária de negociação nesta semana, sendo a 11ª carreira a aceitar uma proposta da União, que agora adota uma abordagem setorizada para negociar aumentos.

Uma das mudanças centrais propostas foi a alteração da nomenclatura do cargo de Analista para Auditor, dando uma série de prerrogativas adicionais aos empregados. Além disso, o acordo prevê a expansão da quantidade de padrões e reajustes salariais nos anos de 2025 e 2026, visando uma valorização substancial dos servidores.

O que saiu no acordo?

Na última sexta-feira (26), o Ministério da Gestão e do Investimento (MGI) finalizou a assinatura de um acordo com os servidores do BC. A proposta em questão prevê um aumento salarial de 10,9% em janeiro de 2025, seguido por outro aumento de 10,9% em maio de 2026.

Além disso, na nomenclatura dos servidores de nível superior, "Especialista do Banco Central" serão agora denominados "Auditores", com inclusão de certas prerrogativas adicionais ao cargo. A aprovação da proposta ocorreu na última quarta-feira (24), após um período de negociações intensas. Contudo, apesar do acordo, alguns trabalhadores manifestaram sua insatisfação com os valores propostos pelo MGI.

O governo federal ressaltou que este acordo com os servidores do Banco Central se junta a outras 10 negociações concluídas. No momento, estão em andamento 18 mesas de negociação específicas.

Adicionalmente, o Executivo federal fechou um acordo, na quinta-feira, com as entidades representativas dos servidores para um aumento de 52% no auxílio-alimentação a partir de maio deste ano, de R$ 658 para R$ 1 mil.

Negociações devem ser mantidas

José Feijóo, secretário de Relações do Trabalho do MGI, enfatizou a importância do diálogo contínuo para o sucesso das negociações. Ele ressaltou a retomada desse espaço de diálogo, que havia sido interditado em governos anteriores, destacando sua relevância tanto para o fortalecimento democrático quanto para atender às demandas legítimas dos servidores públicos.

"Estamos restabelecendo uma parcela importante das perdas que esses trabalhadores enfrentaram, tanto em termos de espaço democrático para o diálogo quanto em termos de reestruturação das carreiras e recomposição salarial", afirmou Feijóo, destacando o compromisso do governo em garantir condições justas e dignas para os servidores do Banco Central.