Foi instaurado um inquérito civil pelo Ministério Público de São Paulo para apurar denúncias de irregularidades em dois concursos da Polícia Civil do estado. A investigação busca verificar indícios de vazamento de informações nos concursos promovidos para 1.400 vagas de escrivão e investigador de polícia, além de outras fraudes.

16/04/2018
15/05/2018
10/06/2018
R$ 3.743,98
1.400
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Foram feitas nove representações, sendo oito com autores identificados e uma anônima. Conforme o promotor responsável pelo caso, José Carlos Blat, caso sejam comprovadas as irregularidades, a Promotoria do Patrimônio Público e Social entrará na Justiça com uma Ação Civil Pública, que, pode resultar na anulação do concurso.

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Além do mais, os responsáveis pelos vazamentos podem responder por improbidade administrativa e sofrer até mesmo processos na esfera criminal, se for verificado o favorecimento de candidatos e a divulgação de informações sigilosas, como questões do exame.

O Ministério Público notificou a Polícia Civil e o órgão tem 30 dias para responder às questões. O promotor solicitou ao delegado-geral, Ruy Ferraz Fontes, esclarecimentos sobre dez diferentes pontos. O primeiro questionamento trata do suposto vazamento de informações acerca do concurso. Blat também pediu que lhe sejam enviadas respostas relacionadas, por exemplo, aos "critérios adotados para a fase oral" e a justificativas sobre "as questões relacionadas a assuntos não previstos no edital do concurso".

Para o promotor, a mais grave das denúncias seria a representação anônima que relata o vazamento de questões em uma das fases. As provas escritas e o exame oral, da segunda e quarta fases dos concursos, são aplicadas por integrantes da Polícia Civil.

"As demais representações, onde os candidatos se identificam, revelam questões de interesse individual, como o conteúdo da prova, o grau de dificuldade e a ausência de recurso para os reprovados. Mas tudo isso será objeto de uma investigação bastante serena e responsável afim de verificar se esses fatos são verídicos ou não", afirma Blat.

Ainda, segundo o promotor, a investigação está em fase inicial e todas as pessoas que fizeram denúncias e enviaram manifestações ao MP-SP serão ouvidas.

Com informações do G1

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