A Carteira de Identidade Nacional (CIN) já está sendo emitida em todo o país e promete revolucionar a forma como os brasileiros se identificam oficialmente.

De acordo com levantamento da Serasa Experian, divulgado em 16 de setembro de 2025, 86,9% das transações validadas com a nova CIN não apresentaram risco de fraude, tornando o documento até 10 vezes mais seguro que o RG tradicional.

Com mais de 30 milhões de documentos já emitidos desde 2022, a CIN avança para se tornar o único documento oficial de identificação no Brasil até 2032.

Por que a CIN é considerada mais segura?

Para entendermos o porquê a Carteira de Identidade Nacional é considerada a mais segura, precisamos ter em mente que ela é um novo modelo de identificação civil criado para unificar, padronizar e modernizar o sistema de registros no país.

Diferente do RG, que podia ser emitido com diferentes números em cada estado, a CIN utiliza apenas o CPF como identificador único, com validade em todo o território nacional.

Disponível nos formatos físico (cartão de PVC) e digital (pelo aplicativo GOV.BR), a nova carteira incorpora diversos recursos de segurança, os quais, segundo o estudo da Serasa Experian, apresentaram o melhor desempenho entre todos os documentos oficiais de identificação, sendo 10 vezes menos suscetível a fraudes que o RG, 5 vezes mais segura que a CNH e 4 vezes mais confiável que o DNI.

Entre os principais avanços tecnológicos do novo documento estão a estruturação do CPF como identificador nacional, além do QR Code para verificação de autenticidade em tempo real. Ainda, o MRZ (Machine Readable Zone) permite uma leitura por máquinas e sistemas autorizados, enquanto a biometria facial é essencial para dificultar a falsificação.

Outro destaque da CIN é a validade diferenciada de acordo com a faixa etária do titular, o que ajuda a evitar o uso de fotos desatualizadas e dados obsoletos. O documento é válido por 5 anos para crianças de 0 a 11 anos, 10 anos para pessoas entre 12 e 59 anos, e possui validade indeterminada para quem tem 60 anos ou mais.

Como e onde emitir a CIN

A emissão da CIN já está disponível em todos os estados do Brasil. O processo varia conforme o estado, mas geralmente segue os seguintes passos:

  • Agendamento:
    • O agendamento deve ser feito no site do Instituto de Identificação do seu estado ou através do GOV.BR, escolhendo data, horário e local de atendimento.
  • Documentos necessários:
    • Certidão de nascimento ou casamento (original);
    • CPF regularizado;
    • Comprovante de residência (em alguns estados);
    • Documentos adicionais em casos específicos (nome social, por exemplo).

A 1ª via da CIN é gratuita, enquanto a 2ª via, em casos de perda, roubo ou atualização, pode ter taxas dependendo da legislação estadual.

Segundo dados divulgados pelo Governo Federal, mais de 30 milhões de brasileiros já emitiram a nova CIN, número que vem crescendo mês a mês.

Transição do RG e objetivos da nova identidade

A substituição do RG pela CIN será total até 2032, conforme prevê o cronograma do governo federal.

Até lá, ambos os documentos coexistem, mas a orientação é que cidadãos solicitem a nova identidade assim que possível, especialmente aqueles que precisam acessar benefícios sociais, realizar viagens internacionais, participar de concursos públicos e abrir contas bancárias ou assinar contratos.

A ideia é que além de oferecer mais segurança, a CIN tem como metas principais:

  • Reduzir fraudes e golpes com documentos falsos;
  • Facilitar o acesso a benefícios sociais e serviços públicos;
  • Unificar o sistema de identificação em todo o país;
  • Reduzir custos operacionais do governo;
  • Integrar áreas como Saúde, Educação, Justiça e Assistência Social.

Com a base unificada, órgãos federais, estaduais e municipais passam a acessar dados atualizados em tempo real, agilizando processos como matrícula escolar, emissão de documentos e liberação de benefícios como Bolsa Família e BPC.

Carteira de Identidade Nacional é um novo documento de viagem

Graças à inclusão da zona MRZ, a CIN poderá ser utilizada como documento de viagem internacional, desde que haja acordos bilaterais entre o Brasil e outros países.

Atualmente, o passaporte ainda é necessário para a maioria das viagens, mas o governo já estuda firmar acordos com países do Mercosul e da Europa para aceitar a CIN como alternativa.

Hoje, a versão digital da Carteira de Identidade Nacional já pode ser acessada no aplicativo GOV.BR, disponível para Android e iOS. Para utilizar, basta acessar o GOV.BR, fazer login com sua conta prata ou ouro, e acessar a aba "Carteira", que o sistema automaticamente apresenta a CIN digital, se você já tiver solicitado a versão física anteriormente.