As consultas ao Sistema Valores a Receber (SVR), ferramenta lançada pelo Banco Central (BC) seguem abertas para quem quer saber se tem dinheiro esquecido em alguma instituição bancária. O "SVR" foi lançado em janeiro e depois saiu do ar por sobrecarga nos servidores do BC. Voltou ao ar então no dia 14 de fevereiro de 2022 em um endereço específico.

O novo site exclusivo para consultas é o - valoresareceber.bcb.gov.br. Para consultar os valores apenas o CPF e a data de nascimento são exigidos. Já para transferir o dinheiro, é necessário ter uma conta Gov.br selo prata ou ouro.

Até agora, a maioria das pessoas vem relatando ter apenas valores baixos ao consultar. Ainda assim, o BC disse que a média por CPF de quem tem dinheiro esquecido é de R$ 142. Ou seja, algumas pessoas poderão encontrar valores bem significativos.

Se o cidadão ainda não possui login Gov.br, ele pode fazer seu cadastro gratuito no site do Governo Federal ou pelo App Gov.br disponível para IOS e também link Android.

Criado o login e efetuado o acesso, o cidadão será automaticamente direcionado para a página com os relatórios. Então é só clicar no relatório "Valores a Receber" e as informações disponíveis aparecerão como:

  • Valor a sacar;
  • Instituição financeira;
  • Origem do dinheiro;
  • Solicitar transferência via PIX ou instituição bancária.


Reprodução: Twitter

Transferindo os valores

Após consulta no site - valoresareceber.bcb.gov.br e, em caso positivo, o sistema informa uma data para saber os valores e pedir a transferência. Essa datas começaram no dia 7 de março.

Entretanto, o cidadão não deve se preocupar se perder a data por algum motivo, garantiu o BC:

"Ele poderá voltar ao SVR a qualquer momento e receber uma nova data de agendamento. O cidadão nunca perde o direito sobre os valores em seu nome. As instituições financeiras guardarão esses recursos pelo tempo que for necessário, esperando até que o cidadão solicite a devolução".

Segundo informações divulgadas anteriormente pelo BC, o resgate dos valores, se eles estiverem disponíveis, poderá ser feito de duas formas:

  • no caso de bancos ou instituições financeiras que aderiram a termo específico junto ao BC: diretamente via Pix na conta indicada pelo beneficiário no Registrato;
  • nos outros casos, o beneficiário informará seus dados de contato no sistema e o meio de pagamento ou de transferência será informado pela instituição.

Na primeira fase da funcionalidade, o BC estima que cerca de R$ 4 bilhões de valores estejam retidos em decorrência das seguintes situações:

  • contas-correntes ou poupança encerradas com saldo disponível;
  • tarifas e parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente, desde que a devolução esteja prevista em Termo de Compromisso assinado pelo banco com o BC;
  • cotas de capital e rateio de sobras líquidas de beneficiários e participantes de cooperativas de crédito; e
  • recursos não procurados relativos a grupos de consórcio encerrados.

O Banco Central também já anunciou que ao longo do ano deverá promover melhorias no sistema e lançar ainda novas ferramentas para o cidadão.

O único site para consulta e solicitação no sistema é o valoresareceber.bcb.gov.br. Não há outra forma de consulta e o BC não envia links ou mensagens para você em nome do Banco Central ou do Sistema Valores a Receber. Assim, cuidado com golpes.