Após intensas negociações mediadas pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), os servidores da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) alcançaram bons resultados. Em uma reunião realizada na última quarta-feira, 8, e mediada pelo vice-presidente do Tribunal, ministro Luiz Phillippe Vieira de Mello, as entidades representativas dos funcionários propuseram o aumento do auxílio-alimentação para R$ 1.000,00 como condição para encerrar a greve que afetava 16 estados, além do Distrito Federal.

Diante da proposta dos servidores, o ministro interrompeu a reunião para permitir que os representantes da direção da EBSERH consultassem a Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest) sobre a viabilidade dessa demanda. Após a consulta, a empresa retornou com uma proposta final, sujeita à assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2024/2025 e imediata suspensão da greve. O Sindicato levou a proposta aos servidores e deve votar pela aceitação.

Reajustes da EBSERH

A proposta final inclui reajustes nos benefícios, além de índices de aumento salarial nos próximos anos, que incluem:

  • Auxílio-alimentação:
    • R$ 800 em 2024 (retroativo a 1º de março)
    • R$ 1.000 a partir de março de 2025
  • Auxílio creche:
    • Aumento do valor de R$ 213,96 para R$ 484,90 (retroativo a 1º de março)
  • Auxílio saúde:
    • Aumento equivalente ao INPC saúde, passando de R$ 180,68 para R$ 190,65 (retroativo a 1º de março)

A proposta também prevê a manutenção das cláusulas sociais negociadas anteriormente pela empresa. Além disso, as horas paradas serão abonadas com reposição de 50%.

Novas assembleias

As assembleias devem ocorrer nesta quinta-feira, 9, nos estados afetados pela greve, onde a maioria dos servidores decidirá se aceita ou não a proposta final da empresa. Caso a proposta seja rejeitada, o processo seguirá para dissídio coletivo.