A partir da segunda-feira de 16 de junho, o governo começou a liberar os pagamentos do Bolsa Família para milhões de famílias em situação de vulnerabilidade social. No entanto, o calendário deste mês terá uma pausa que afetará aqueles com NIS terminado em 4.
É que na quinta-feira de 19 de junho, feriado de Corpus Christi, não há pagamentos da Caixa. Ou seja, esse público com NIS terminado em 4 só recebe na próxima sexta-feira, 20.
O Bolsa Família de Junho vai chegar para 20,49 milhões de famílias contempladas em 5.570 municípios brasileiros, com um investimento total de R$ 13,63 bilhões por parte do Governo Federal.
O valor médio nacional agora será de R$ 666, embora existam variações entre estados e municípios, conforme o perfil socioeconômico das populações atendidas e a composição familiar de cada grupo beneficiário.
Famílias de 30 municípios localizados em seis estados brasileiros receberam também o valor de forma unificada no primeiro dia do cronograma, ou seja, 16 de junho. Essa antecipação ocorre em locais que enfrentam desastres naturais como enchentes, secas prolongadas e inundações. Estão incluídos municípios de São Paulo, Paraná, Sergipe, Amazonas, Roraima e Alagoas, beneficiando cerca de 175 mil famílias - veja a lista de cidades.
Para os demais beneficiários, os depósitos seguem a ordem do último dígito do Número de Identificação Social (NIS):
Final do NIS | Data de pagamento | Dia da semana |
1 | 16 de junho | Segunda-feira |
2 | 17 de junho | Terça-feira |
3 | 18 de junho | Quarta-feira |
4 | 20 de junho | Sexta-feira |
5 | 23 de junho | Segunda-feira |
6 | 24 de junho | Terça-feira |
7 | 25 de junho | Quarta-feira |
8 | 26 de junho | Quinta-feira |
9 | 27 de junho | Sexta-feira |
0 | 30 de junho | Segunda-feira |
Valor médio do benefício por estado e município
De acordo com dados oficiais e informações da arte divulgada pelo Governo Federal, Roraima lidera o ranking de valor médio do benefício entre os estados, com repasses de R$ 732, seguido por Amazonas (R$ 722) e Acre (R$ 714). Esses valores são reflexo, sobretudo, da presença de famílias com maior número de crianças e da inclusão de benefícios complementares, como o Benefício Primeira Infância e o Benefício Variável Familiar.
Quando a análise é feita por município, Uiramutã (RR) registra o maior valor médio do país, com R$ 1.016 por família — mais de 2.200 núcleos familiares são contemplados na cidade. Também se destacam Campinápolis (MT) com R$ 906,61, Santo Antônio do Içá (AM) com R$ 880,49, e Santa Rosa do Purus (AC) com R$ 880,19.
O Nordeste segue sendo a região com o maior número de beneficiários, reunindo 9,4 milhões de famílias e um investimento de R$ 6,24 bilhões. Na sequência aparecem:
- Sudeste: 5,92 milhões de famílias / R$ 3,86 bilhões
- Norte: 2,62 milhões / R$ 1,83 bilhão
- Sul: 1,44 milhão / R$ 947,4 milhões
- Centro-Oeste: 1,10 milhão / R$ 738,33 milhões
A Bahia lidera em número de famílias atendidas, com 2,46 milhões, seguida por São Paulo (2,46 milhões), Pernambuco (1,58 milhão), Rio de Janeiro (1,57 milhão), Minas Gerais (1,56 milhão), Ceará (1,45 milhão), Pará (1,34 milhão) e Maranhão (1,23 milhão).
Complementos e benefícios adicionais
Além do valor base, milhões de famílias recebem adicionais por meio dos chamados Benefícios Variáveis. Em junho:
- 8,7 milhões de crianças de 0 a 6 anos são atendidas com o Benefício Primeira Infância, que garante R$ 150 por criança;
- 15,3 milhões de crianças e adolescentes entre 7 e 18 anos, 678 mil gestantes e 260 mil nutrizes (mães que amamentam) recebem R$ 50 adicionais cada, totalizando R$ 738 milhões em repasses complementares;
- O Auxílio Gás — no valor de R$ 108, que equivale ao preço médio de um botijão de 13kg — chega a 5,3 milhões de famílias, com aporte de R$ 579 milhões.
Perfil das famílias atendidas
A política pública também revela recortes importantes da realidade social brasileira. Do total de famílias contempladas:
- 83,7% têm mulheres como responsáveis pelo núcleo familiar — um contingente de 17,1 milhões de lares;
- Entre os beneficiários, 58,3% são mulheres e 73% são pessoas de cor preta ou parda;
- Grupos prioritários incluem 283 mil famílias quilombolas, 242 mil indígenas, 238 mil em situação de rua, 61 mil resgatadas de trabalho análogo à escravidão e 380 mil catadores de materiais recicláveis.
A nova versão do Bolsa Família incorporou a chamada Regra de Proteção, que permite a permanência no programa por até dois anos após o ingresso no mercado de trabalho formal. Com isso, famílias que aumentam sua renda por meio de emprego com carteira assinada continuam recebendo 50% do valor do benefício. Em junho, 3 milhões de famílias estão cobertas por essa regra.
Qual o valor médio do bolsa Família em junho de 2025?
O valor médio nacional do benefício é de R$ 666, embora existam variações entre estados e municípios, conforme o perfil socioeconômico das populações atendidas e a composição familiar de cada grupo beneficiário.
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