A prova de vida do INSS em 2025 já foi validada para cerca de 90% dos beneficiários, segundo dados divulgados pela Previdência Social. Com mais de 30,5 milhões de segurados com a comprovação anual em dia, o procedimento foi amplamente automatizado, eliminando a necessidade de deslocamentos e filas em bancos.

No entanto, ainda há beneficiários que precisam regularizar a situação. E mais do que isso, com o avanço dos serviços digitais, golpistas também se sofisticaram, fazendo com que seja fundamental redobrar a atenção.

Como funciona a prova de vida automatizada?

Primeiro, é importante entender que a prova de vida é um procedimento obrigatório para os beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que recebem aposentadorias, pensões ou auxílios de longo prazo, com o objetivo de comprovar que o titular do benefício está vivo, evitando pagamentos indevidos e fraudes.

Até 2021, no entanto, a prova de vida era feita presencialmente, principalmente nas agências bancárias. A partir de 2022, com a digitalização do sistema, o INSS passou a utilizar cruzamento de dados oficiais (como movimentações em bases do governo) para validar a vida dos beneficiários de forma automatizada.

Atualmente, a verificação é feita com base em diversos dados públicos, como acesso ao aplicativo Meu INSS, vacinação registrada no SUS, emissão de documentos (RG, passaporte, etc.), transações bancárias com biometria e declaração de Imposto de Renda.

Se alguma dessas atividades foi registrada nos últimos 12 meses, o sistema automaticamente valida a prova de vida, sem que o beneficiário precise fazer qualquer ação.

Já fiz a prova de vida, como consultar minha situação

Caso tenha dúvida se sua situação está regularizada, existem duas formas seguras de consultar:

  • Pelo aplicativo ou site Meu INSS:
    • Acesse meu.inss.gov.br ou abra o aplicativo;
    • Faça login com seu CPF e senha do gov.br;
    • Vá até o serviço "prova de vida";
    • Se aparecer a data da última atualização, está tudo certo.
  • Pelo telefone 135:
    • Atendimento de segunda a sábado, das 7h às 22h.
    • Tenha em mãos o número do benefício e documentos pessoais.

Caso apareça a mensagem "Comprovação de vida não realizada", será necessário regularizar.

Quem não for localizado pelo sistema automatizado (por exemplo, se não realizou nenhuma atividade registrada nas bases do governo no período de 12 meses), receberá uma notificação oficial.

Essa notificação é enviada exclusivamente pelo banco responsável pelo pagamento ou pelo aplicativo Meu INSS. É importante ter em mente que o INSS não entra em contato por telefone ou WhatsApp solicitando dados, então desconfie de mensagens que ameacem a suspensão do benefício.

Como fazer a prova de vida?

Se você estiver entre os beneficiários que precisam realizar o procedimento manualmente, veja abaixo o passo a passo pelo celular, com reconhecimento facial, pelo aplicativo Meu INSS:

  1. Baixe ou abra o aplicativo Meu INSS;
  2. Faça login com seu CPF e senha;
  3. Busque o serviço "prova de vida";
  4. Siga as instruções para reconhecimento facial;
  5. Tire a foto conforme solicitado;
  6. Aguarde a validação.

O sistema cruza sua imagem com a base de dados do TSE e do Denatran para confirmar sua identidade.

Caso prefira, ou tenha dificuldade com o aplicativo, também é possível realizar o procedimento diretamente no banco onde o benefício é pago, através do autoatendimento com biometria facial ou digital, Internet Banking (disponível em bancos como Banco do Brasil, Caixa, Bradesco e Itaú) ou agências bancárias com atendimento presencial.

O que acontece se eu não fizer a prova de vida?

Se você for notificado e não regularizar a situação dentro do prazo, o benefício pode ser bloqueado, suspenso e até cessado.

Com a automatização da prova de vida, o INSS avançou em agilidade e segurança, beneficiando milhões de brasileiros. Ainda assim, manter-se informado é essencial.

Se você está entre os 10% que ainda precisam fazer o procedimento, não deixe para depois. Mas, ressaltamos, com o avanço da tecnologia, também aumentaram os golpes direcionados a aposentados e pensionistas.

Criminosos têm se passado por funcionários do INSS ou de instituições bancárias para enganar os beneficiários e obter informações pessoais. Em muitos casos, eles pedem o envio de CPF, número do benefício, senhas bancárias, fotos de documentos e até códigos de verificação enviados por SMS, tudo com o pretexto de atualização cadastral ou liberação de valores.

É importante saber que o INSS nunca realiza esse tipo de contato. A instituição não liga pedindo dados ou senhas, não envia links por WhatsApp ou SMS para prova de vida e jamais cobra qualquer tipo de taxa para realizar procedimentos relacionados aos benefícios.

Para se proteger, o primeiro passo é desconfiar de qualquer contato não solicitado. Sempre verifique a origem da informação nos canais oficiais, como o site do INSS (gov.br/inss) ou o aplicativo Meu INSS.