Saíram os novos dados populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Censo realizado em 2022. Com coletas realizadas no ano passado, estão sendo divulgados agora as informações preliminares de habitantes no país.

De acordo com as informações do IBGE, nos últimos 12 anos, Manaus se destacou como a capital brasileira que teve o maior aumento percentual em sua população. Entre 2010 e 2022, o número de habitantes da cidade saltou de 1.802.014 para 2.063.547, representando um crescimento de 14,5%. Esses números também colocam a capital do Amazonas no topo da lista em termos de maior aumento absoluto, com um acréscimo de 261.533 novos moradores ao longo da década.

Desde o último censo em 2010, a população brasileira cresceu 12,3 milhões, chegando a um total de 203 milhões de pessoas.

Entre as 10 capitais com maior número de habitantes, São Paulo-SP encabeça a lista, com um número gigantesco de 11.451.245 habitantes.

Além de Manaus/AM, outras capitais que cresceram em número populacional estão na região Centro-Oeste com aumento percentual de dois dígitos - Goiânia/GO, com um crescimento de 10,4% e agora a 10ª cidade mais populosa do país, com 1.437.237 habitantes; e Campo Grande/MS com 14% a mais de pessoas, passando de 786 mil para 897 mil habitantes nos últimos 10 anos.

Cidades mais populosas do país

Confira abaixo as 10 capitais com mais habitantes, de acordo com o último levantamento do IBGE:

  • São Paulo (SP): 11.451.245 habitantes
  • Rio de Janeiro (RJ): 6.211.423 habitantes
  • Brasília (DF): 2.817.068 habitantes
  • Fortaleza (CE): 2.428.678 habitantes
  • Salvador (BA): 2.418.005 habitantes
  • Belo Horizonte (MG): 2.315.560 habitantes
  • Manaus (AM): 2.063.547 habitantes
  • Curitiba (PR): 1.773.733 habitantes
  • Recife (PE): 1.488.920 habitantes
  • Goiânia (GO): 1.437.237 habitantes

Já entre as 20 mais populosas, aparecem cidades que não são capitais de seus estados, casos de Guarulhos-SP, Campinas-SP e São Gonçalo-RJ, que têm 1,29 milhão, 1,13 milhão e 896 mil habitantes, respectivamente. Guarulhos/SP, inclusive, é a 13ª maior cidade do país em número de moradores, à frente de capitais como São Luís (MA), Maceió (AL) e Campo Grande (MS).

Salvador/BA, até então a 3ª maior cidade em número de habitantes do país, perdeu 2 posições no ranking e viu sua população diminuir em 9,6%, passando de 2,675 milhões para 2,418 milhões de habitantes. Porto Alegre/RS também perdeu o posto entre as 10 maiores cidades do país e agora ocupa a 11ª posição, com 77 mil habitantes a menos, queda de 5,4%.

20 cidades com mais habitantes do Brasil - Arte: Agência Brasil/EBC
20 cidades com mais habitantes do Brasil - Arte: Agência Brasil/EBC

10 cidades menos populosas do Brasil

Já em relação às menores cidades, Borá (SP) que ocupava a primeira posição do ranking com 805 habitantes no último Censo realizado em 2010, agora foi ultrapassada por Serra da Saudade em Minas Gerais, a menor cidade do país em população. Veja a seguir as dez que têm menos habitantes:

  1. Serra da Saudade (MG): 833 habitantes
  2. Borá (SP): 907 habitantes
  3. Anhanguera (GO): 924 habitantes
  4. Araguainha (MT): 1.010 habitantes
  5. Nova Castilho (SP): 1.062 habitantes
  6. Cedro do Abaeté (MG): 1.081 habitantes
  7. André da Rocha (RS): 1.135 habitantes
  8. Oliveira de Fátima (TO): 1.164 habitantes
  9. União da Serra (RS): 1.170 habitantes
  10. São Sebastião do Rio Preto (MG): 1.259 habitantes

Segundo o coordenador técnico do Censo 2022, Luciano Duarte, será necessário mais tempo para que demógrafos e outros especialistas realizem uma análise mais aprofundada dos dados e compreendam os movimentos demográficos com mais detalhes. Esses são os primeiros resultados, e é necessário dedicar um período adequado para uma análise completa.

Movimento populacional diversificado

No Brasil, o Censo Demográfico é tradicionalmente realizado a cada dez anos, com o objetivo de fornecer um panorama da população e das condições de moradia no país. As informações coletadas são essenciais para embasar a formulação de políticas públicas e a alocação de recursos financeiros.

O Censo 2022 estava programado para ocorrer em 2020, porém, foi adiado duas vezes devido à pandemia de covid-19 e dificuldades orçamentárias. A coleta de dados teve início em junho do ano passado, mas enfrentou atrasos, tornando-se desafiador concluir as visitas domiciliares em todos os 5.570 municípios brasileiros.

A coleta de dados foi finalizada apenas em fevereiro deste ano e os primeiros dados foram divulgados hoje, 28/06.