Na última quinta-feira (17), o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) juntamente ao Ministério da Cidadania, divulgou uma análise feita sobre o impacto das medidas de combate à extrema pobreza no país, com base no programa de transferência de renda, o Auxílio Brasil.

A nota foi intitulada como "Expansão do Programa Auxílio Brasil: Uma Reflexão Preliminar" tem como objetivo uma avaliação sobre a recente ampliação do benefício social. Nela, é considerado se esses valores a mais estão compensando a perda de renda das famílias brasileiras mais vulneráveis, se estão gerando ganho do poder de compra e se os dados de doenças que têm relação à fome estão evoluindo nos últimos anos - veja o estudo.

Auxílio Brasil injetou recursos na economia

Comparado aos oito primeiros meses de 2019 (antes da crise sanitária do Coronavírus), os dados revelam que o reajuste do valor do benefício possibilitou um aumento de recursos na ordem de R$ 30,3 bilhões em 2022.

Foi analisado que, entre os meses de janeiro e agosto de 2022, o aumento dos valores do Auxílio Brasil representou, em média, 2,5 vezes a perda de renda de trabalho das famílias vulneráveis em decorrência da pandemia.

A avaliação do Instituto relacionou a quantidade de empregos formais criados e as famílias adicionadas ao benefício em cidades brasileiras.

O registro feito é de cerca de 33% do emprego formal gerado em cidades pequenas, com menos de 100 mil habitantes. Considerando o corte dos municípios com a taxa de informalidade de mão de obra maior que 40%, 21% dos novos empregos foram gerados nesses municípios.

Para a saúde, o Ipea concluiu que, apesar das últimas pesquisas demonstrarem que houve crescimento da previdência de desnutrição e insegurança alimentar no Brasil, esse índice não está impactando nos indicadores de saúde que dizem respeito à fome.

Programa Auxílio Brasil

Vale lembrar que o Auxílio Brasil não é apenas um benefício. Nele, estão integrados vários programas, como políticas públicas de assistência social, educação, saúde, emprego, renda, entre outros.

O programa é destinado à famílias que se encontram em situação de vulnerabilidade social e econômica (pobreza ou extrema pobreza), em todo o país, garantindo uma renda básica e estimulando os beneficiários a alcançarem sua autonomia.