Em setembro de 2020, o Banco Central realizava o lançamento da nota de R$ 200 no Brasil em evento que chamou a atenção de todos e foi bastante comentado nas redes sociais.

Porém, após dois anos e meio, hoje a nota de R$ 200 circula menos do que a cédula de R$ 1, segundo dados de mercado divulgados pelo Bacen.

Até a última atualização, são 124,765 milhões de notas de R$ 200 em circulação no país que totalizam valor total de R$ 24,953 bilhões. Essa quantidade em posse do público e de bancos representa apenas cerca de 28% do total de 450 milhões de cédulas produzidas.

Dessa forma, a cédula menos usada no país atualmente é a de R$ 200, que perde até mesmo para a quantidade de 148,658 milhões de notas de R$ 1 em circulação.

Vale mencionar que a famosa cédula de 1 real deixou de ser produzida em 2005 e é cada vez mais difícil de vê-la por aí, mas ela segue circulando no país.

A nota de R$ 200 passou a integrar a Segunda Família de Cédulas do Real, criada em 2010. A cédula, basicamente de cor cinza, homenageia o lobo-guará, animal da fauna brasileira, típico do cerrado e ameaçado de extinção.

Verso da nota de R$ 200 - Fonte: Banco Central
Verso da nota de R$ 200 - Fonte: Banco Central

Quantidade de notas - cédulas e moedas em circulação hoje

Segundo o Banco Central, circulam hoje no Brasil mais de 7,351 bilhões de notas oficiais, em valor de R$ 317 bilhões em espécie.

Nesse cenário, o volume de cerca de R$ 25 bilhões em circulação com notas de R$ 200 representa menos de 8% do total do meio circulante nacional.

De outro lado, as cédulas com maior circulação no Brasil hoje são as de R$ 100 e a de R$ 50, tendo 1,769 bi e 1,766 bilhão de unidades ativas. Em seguida, vem a nota de R$ 2 com mais de 1,5 bilhão de unidades em circulação - veja abaixo o ranking.

A quantidade de notas em circulação no mercado varia todos os dias. Veja abaixo o volume de cédulas com base na última atualização do Banco Central:

CÉDULAS EM CIRCULAÇÃO HOJE *
Posição Denominação Quantidade Valor
R$ 100,00 1.769.973.628 R$ 176.997.362.800,00
R$ 50,00 1.766.339.838 R$ 88.316.991.900,00
R$ 2,00 1.565.697.269 R$ 3.131.394.538,00
R$ 20,00 702.750.922 R$ 14.055.018.440,00
R$ 5,00 667.059.062 R$ 3.335.295.310,00
R$ 10,00 606.751.442 R$ 6.067.514.420,00
R$ 1,00 148.658.126 R$ 148.658.126,00
R$ 200,00 124.765.123 R$ 24.953.024.600,00
TOTAL 7.351.995.410 R$ 317.005.260.134,00
*Última atualização em 19/05/2023
Créditos: Banco Central
Nota de R$ 200 - Créditos: Divulgação/Ache Concursos
Nota de R$ 200 - Créditos: Divulgação/Ache Concursos

Moedas em circulação hoje

As moedas que mais circulam no Brasil hoje são as de 10 e 5 centavos, segundo os dados do Bacen. Veja abaixo o ranking:

Valor da moeda * Quantidade Valor
R$ 0,10 7.838.534.909 R$ 783.853.490,90
R$ 0,05 7.646.346.330 R$ 382.317.316,50
R$ 1,00 4.099.772.238 R$ 4.099.772.238,00
R$ 0,50 3.552.066.817 R$ 1.776.033.408,50
R$ 0,25 3.506.909.539 R$ 876.727.384,75
R$ 0,01 3.191.005.234 R$ 31.910.052,34
TOTAL DE MOEDAS 29.834.635.067 R$ 7.950.613.890,99
*Última atualização em 19/05/2023
Créditos: Banco Central e Ache Concursos

Lançamento da nota de R$ 200 na pandemia

A nota de R$ 200,00 foi lançada em 2 de setembro de 2020 pelo Banco Central para ajudar a movimentar a economia do país, diante da forte crise sanitária do coronavírus (covid-19).

Segundo as informações, foram produzidas 450 milhões de unidades da nota, que se juntou a outras seis da família do Real já em circulação.

Como explicou o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, na época, em função do distanciamento social, houve aumento da demanda da sociedade brasileira por dinheiro em espécie.

Muitas famílias e empresas fizeram saques para acumular reservas em meio às incertezas e necessidades da pandemia. Além do Brasil, o mesmo se observou em outros países do mundo.

"Outras nações viveram fenômeno semelhante. Em momentos de incerteza, é natural que as pessoas busquem a garantia de uma reserva em dinheiro. Os programas de transferência de renda implementados para enfrentar os efeitos negativos da crise e a extensão do programa de Auxílio Emergencial também contribuem para essa maior demanda por dinheiro em espécie em nosso país", explicou o Presidente do BC.

Além disso, Roberto Campos Neto acrescentou que, com a crise, o ritmo de retorno das cédulas à rede bancária era menor, já que diminuiu a quantidade de transações presenciais no comércio.

Segundo o Banco Central na época, se tal medida não fosse tomada, poderia faltar cédulas e moedas no país, e, assim, prejudicar o acesso de grande parcela da população a itens de consumo básico.

Com informações, g1, Banco Central e Governo Federal.