A segunda etapa do Sistema Valores a Receber do Banco Central segue sem previsão de início. Lançado em fevereiro, o SVR esteve em funcionamento até o dia 16 de abril, quando foi suspenso para que aprimoramentos fossem feitos para a segunda etapa. Inicialmente, a previsão é de que ela iniciasse no dia 2 de maio, porém, o início foi adiado.

A data teve que ser alterada porque desde o início de abril os servidores do Banco Central estão organizados em uma paralisação parcial de suas atividades, buscando com isso sensibilizar o governo federal para um pedido de aumento dos salários. A categoria pedia cerca de 26% de reposição, que agora foram reduzidos para 13,5%.

No entanto, até o momento apenas 5% de ajuste foi garantido, portanto, a greve segue acontecendo e afetando os serviços normalmente oferecidos pelo BC, como o próprio lançamento da segunda etapa do SVR.

O que se sabe sobre a 2ª etapa do Valores a Receber?

O que se sabe até o momento sobre essa segunda etapa é que serão até 7 novos tipos de serviços financeiros englobados pelo sistema. Desde o lançamento, o Sistema Valores a Receber (SVR) vem auxiliando brasileiros a encontrar valores que estavam esquecidos em contas bancárias e de outras instituições financeiras.

Os novos serviços serão:

  • Tarifas cobradas indevidamente, não previstas em Termos de Compromisso assinados pelo banco com o BC;
  • Parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente, não previstas em Termos de Compromisso assinados pelo banco com o BC;
  • Contas de pagamento pré-paga e pós-paga encerradas com saldo disponível;
  • Contas de registro mantidas por sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários e por sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários para registro de operações de clientes encerradas com saldo disponível;
  • Entidades em liquidação extrajudicial FGC (Fundo Garantidor de Créditos);
  • FGCoop (Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito).

Até então, a plataforma agregava cinco dados diferentes de valores esquecidos:

  • Contas corrente ou poupança encerradas com saldo disponível;
  • Tarifas cobradas indevidamente, desde que previstas em Termos de Compromisso assinados pelo banco com o BC;
  • Parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente, desde que previstas em Termos de Compromisso assinados pelo banco com o BC;
  • Cotas de capital e rateio de sobras líquidas de beneficiários de cooperativas de crédito;
  • Recursos não procurados de grupos de consórcio encerrados.

Acesso único

Outra novidade é que o usuário não vai precisar acessar o portal em dois momentos diversos para consultar os valores disponível e solicitar o resgate do dinheiro, como vinha acontecendo até então.

Na primeira fase foi preciso voltar ao sistema em uma data agendada pelo BC, conforme calendário, para solicitar a transferência. Esse agendamento, agora, não mais vai existir. Tudo estará disponível já na primeira consulta.

Não se sabe ainda se essa segunda etapa terá um prazo final para consulta, como teve a primeira. O Banco Central informou apenas que, quem não conseguir acessar a ferramenta não vai perder o direito ao dinheiro. Os recursos continuarão guardados pelas instituições financeiras, pelo tempo que for necessário, esperando até que o cidadão solicite o resgate.

A estimativa é de que R$ 8 bilhões sejam devolvidos para a população e para empresas.

Não saquei na primeira etapa, o que fazer?

Quem não fez a consulta, ou fez a consulta mas não solicitou o resgate dos valores na primeira oportunidade não precisa se preocupar pois assim que a ferramenta for liberada novamente, as consultas voltarão a estar disponíveis para todos e os serviços englobados na primeira etapa, também estarão englobados na segunda.