O Governo Federal deve anunciar quatro grandes privatizações dentro do período de 30, 60 e 90 dias, afirmou o ministro da Economia, Paulo Guedes. Até então, não foram anunciadas quais estatais estão inclusas nesta lista, mas o ministro indicou que os Correios pode ser uma delas.

Em entrevista à CNN, Guedes afirmou que há "muito valor escondido debaixo das estatais. As subsidiárias da Caixa são um bom exemplo. Ali há R$ 30 bilhões, R$ 40 bilhões ou R$ 50 bilhões em uma IPO grande", afirmou. Segundo Guedes, os Correios estarão "seguramente" na lista de privatizações. "Só não vou falar quando. Eu gostaria de privatizar todas as estatais", disse.

Doze privatizações são esperadas em 2021

Na última semana, o secretário de desestatização do Ministério da Economia, Salim Mattar, anunciou que o governo pretende privatizar, pelo menos, 12 estatais ano que vem. Entre as empresas previstas para serem desestatizadas em 2021 estão Correios, Eletrobras, CBTU, Serpro, Dataprev e Telebrás. Para essa venda acontecer, no entanto, o governo precisará da aprovação do Congresso Nacional para algumas empresas, como a Eletrobras.

O ministro disse que o ritmo das privatizações está mais lento que o esperado. "Estamos atrasados sim, não tenho problema de admitir. Tenho de fazer um mea culpa de que elas não andaram no ritmo adequado".

Não foi informado até o momento quando de fato será dado início às privatizações.

Banco do Brasil também poderá ser privatizado

O debate sobre a privatização do Banco do Brasil foi retomado recentemente. Rubens Novaes, presidente do banco, em uma comissão mista promovida pelo Senado Federal, reforçou a necessidade de privatizar a estatal.

"O mundo bancário vai mudar radicalmente. As empresas bancárias serão cada vez mais empresas de tecnologia. Nós não temos velocidade nas mudanças que o mercado exige, devido às amarras do setor público" frisou.