Após o antigo Ministro da Economia, Paulo Guedes, comparar servidores públicos a parasitas em 2020, a categoria volta a ser atacada por um novo Ministro do Governo Federal. Desta vez em uma nova gestão muito mais 'amigável' aos servidores, foi a fala do Ministro da Casa Civil , Rui Costa, incomodar a categoria.

O atual Ministro da Casa Civil e ex Governador da Bahia disse em entrevista à radio Metrópole, da Bahia que servidores precisavam "de uma fungada no cangote" para que as coisas andassem no setor público. Veja as palavras do atual Ministro:

"Há uma tendência a inércia grande, em geral, no serviço público. Tem uma velha frase: não deixe para amanhã o que você pode fazer hoje. Então, às vezes, se você deixar solto, pessoal, deixe para semana que vem, não tem necessidade de fazer agora, ou deixe para amanhã. Na verdade, é preciso fazer hoje e não amanhã. Porque o povo precisa é hoje. Digo sempre que quem é prefeito, governador, presidente da República tem que pisar no calcanhar, fungar no cangote para as coisas andarem".

A afirmativa do ministro da nova gestão de Governo é mais um episódio de crítica aos servidores públicos no país. O governo federal apresentou uma proposta de reajuste salarial sobre o vencimento básico dos servidores de 0% para o ano de 2024; 4,5% para o ano 2025; e de 4,5% para o ano de 2026. No último governo, ainda fora apresentada uma proposta de Reforma Administrativa, inclusive com a possibilidade de bônus por produtividade, contudo, a proposta acabou não sendo aprovada.

Em razão da fala, dezenas de Sindicatos, Associações e entidades em defesa dos interesses dos servidores criticaram à fala do Ministro. A Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Judiciário Federal e Ministério Público da União (Fenajufe); o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Tipicas do Estado (Fonacate); o Sindicato Nacional dos Servidores do Plano Especial de Cargos da Polícia Federal (SINPEC PF); o Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal no Estado de São Paulo (SINTRAJUD); o Sindicato dos Servidores dos Serviços Auxiliares do Poder Judiciário do Estado da Bahia (SINTAJ); o Sindicato dos Trabalhadores da Justiça Federal no Ceará (SINTRAJUFE/CE) lançaram notas de repúdio a fala do Ministro.