A Caixa Econômica Federal iniciou nesta quinta-feira, 17 de junho, o pagamento da 3ª parcela do Auxílio Emergencial para integrantes do Bolsa Família. Os beneficiários irão receber os valores conforme o calendário específico do programa para o mês de junho, método já utilizado nos pagamentos anteriores.

No mês de junho, o Ministério da Cidadania vai liberar a 3ª parcela do Auxílio para 9,77 milhões de inscritos. Compõe ainda a folha de pagamento deste mês outras 5,13 milhões de famílias que não foram consideradas aptas a receber o auxílio emergencial, mas terão direito ao benefício usual do Bolsa Família. Ao todo, o governo irá destinar R$ 4,12 bilhões para o programa social que no mês de junho conta com 14,69 milhões de beneficiários.

Segundo a pasta, esse grupo de inscritos no Bolsa Família que foi aprovado para receber o Auxílio Emergencial é composto por 5 milhões são mulheres chefes de famílias e têm direito ao valor de R$ 375, outros 3,3 milhões recebem o valor padrão de R$ 250 e 1,5 milhão são pessoas que vivem sozinhas e recebem a parcela de R$ 150.

Já para o público geral, o governo anunciou a antecipação do calendário da 3ª parcela do Auxílio Emergencial. Antes previsto para começar no dia 20 de junho, o cronograma agora terá início no dia 18/06 (sexta-feira). Veja mais sobre a 3ª parcela antecipada:

Calendário da 3ª parcela para Bolsa Família

Enquanto receberem as parcelas do Auxílio Emergencial as famílias beneficiárias do Bolsa Família terão o benefício suspenso pelo Ministério da Cidadania caso o valor do auxílio seja maior. Quando a família terminar de receber as quatro parcelas, o Ministério encerrará a suspensão do Bolsa Família e o benefício será restabelecido se a família continuar atendendo as regras de elegibilidade do programa.

As famílias beneficiárias do Bolsa Família ficarão sabendo do recebimento do Auxílio Emergencial 2021 por meio de uma mensagem específica no extrato de pagamento do Programa. Para as famílias inscritas no programa, o pagamento será realizado em nome do responsável familiar que esteja na base de dados do Cadastro Único em 13 de março de 2021, ainda que o auxílio seja concedido a outro integrante da sua família.

Confira o calendário completo da terceira parcela do Auxílio 2021 para quem é do Bolsa Família:

  • 17 de junho (quinta-feira): depósito da 3ª parcela do Auxílio Emergencial para beneficiários com NIS final 1;
  • 18 de junho (sexta-feira): depósito da 3ª parcela do Auxílio Emergencial para beneficiários com NIS final 2;
  • 21 de junho (segunda-feira): depósito da 3ª parcela do Auxílio Emergencial para beneficiários com NIS final 3;
  • 22 de junho (terça-feira): depósito da 3ª parcela do Auxílio Emergencial para beneficiários com NIS final 4;
  • 23 de junho (quarta-feira): depósito da 3ª parcela do Auxílio Emergencial para beneficiários com NIS final 5;
  • 24 de junho (quinta-feira): depósito da 3ª parcela do Auxílio Emergencial para beneficiários com NIS final 6;
  • 25 de junho (sexta-feira): depósito da 3ª parcela do Auxílio Emergencial para beneficiários com NIS final 7;
  • 28 de junho (segunda-feira): depósito da 3ª parcela do Auxílio Emergencial para beneficiários com NIS final 8;
  • 29 de junho (terça-feira): depósito da 3ª parcela do Auxílio Emergencial para beneficiários com NIS final 9;
  • 30 de junho (quarta-feira): depósito da 3ª parcela do Auxílio Emergencial para beneficiários com NIS final 0.

O saque das parcelas do Auxílio 2021 poderá ser feito por meio da conta de depósito do Bolsa Família, do Cartão Bolsa Família ou Cartão Cidadão em lotéricas, correspondentes CAIXA Aqui ou caixas eletrônicos da CAIXA. Se sua família recebe o benefício por depósito em conta bancária, inclusive pela poupança social digital, o auxílio emergencial 2021 será depositado na mesma conta.

Bolsa Família pode subir para R$ 300

O presidente Jair Bolsonaro confirmou na última terça-feira (15) que o governo deve aumentar o valor do tíquete médio do Bolsa Família para R$ 300 em dezembro deste ano. Em entrevista ao programa SIC News, da emissora SIC TV, afiliada da TV Record, o chefe do executivo afirmou que o aumento de 50% já está "praticamente acertado" com a equipe econômica, assim como a prorrogação do Auxílio Emergencial por mais dois ou três meses.

De acordo com Bolsonaro, a equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, praticamente já bateu o martelo sobre o novo valor do Bolsa Família. Ele chegou a citar a alta da inflação sobre os produtos de cesta básica para justificar o aumento no benefício. "No tocante ao Bolsa Família, tivemos uma inflação de 14% dos produtos da cesta básica, teve item que subiu até 50%. E o Bolsa Família a ideia é dar um aumento de 50% para ele em dezembro", afirmou. "Passaria em média de R$ 190 para R$ 300, é isso que tá praticamente acertado aí", disse ele.

A reformulação do Bolsa Família já vem sendo discutida há bastante tempo pelos membros do governo, mas até o momento a equipe de Bolsonaro parece não ter chegado a um consenso.

Em declarações anteriores, o ministro Guedes chegou a se colocar favorável a um programa "robusto" para substituir o Auxílio Emergencial. "Esse auxílio emergencial, quando for interrompido, tem que ser substituído por um Renda Brasil fortalecido, ou um Bolsa Família fortalecido, mas sustentável, com valor mais alto do que os R$ 170 que tinha antigamente", afirmou o ministro.

Até algumas semanas atrás, a intenção do governo era aumentar o valor médio do Bolsa Família para R$ 250. A mudança ocorreria entre os meses de agosto e setembro, já que na época o governo ainda não cogitava prorrogar o Auxílio Emergencial. "Só de auxílio emergencial ano passado, nós gastamos mais do que 10 anos de Bolsa Família. Então, o PT, que fala tanto em Bolsa Família, hoje a média dá R$ 192. O auxílio emergencial está R$ 250, é pouco, sei que está pouco, mas é muito maior que a média do Bolsa Família. A gente pretende passar para R$ 250, agora, em agosto, setembro", disse Bolsonaro.

Novo Bolsa Família já tem fila de espera

Além do aumento no tíquete médio do benefício, que atualmente é de R$ 190 mensais, o novo Bolsa Família deve ser ampliado para atender parte dos beneficiários que deixaram de receber o Auxílio Emergencial. A estimativa do governo no início do ano era que 300 mil famílias fossem incluídas no programa após a modificação.

Porém, conforme apurou a reportagem do jornal Folha de S. Paulo, cerca de 400 mil famílias ainda estão na fila de espera para receber o benefício. Em março deste ano, a fila do Bolsa Família era composta por cerca de 1,2 milhão de brasileiros. Destes, 763 mil foram considerados elegíveis para receber o Auxílio Emergencial retomado em abril.

Mesmo já tendo apresentado a documentação necessária para comprovar que possuem direito ao benefício, essas 400 mil famílias deixaram de ser contempladas por alguma razão. Segundo o jornal, o Ministério da Cidadania já reconheceu que se tratam de pessoas abaixo da linha da pobreza e extrema pobreza que, portanto, possuem direito ao benefício.

O órgão não explicou o motivo pelo qual essas famílias não foram incluídas no Auxílio Emergencial como as demais e declarou apenas que o governo tem trabalhado para alcançar a maior cobertura possível "de famílias em situação de vulnerabilidade, assegurando uma renda mínima para essa parcela da população, ao mesmo tempo em que, com responsabilidade fiscal, respeita-se o limite orçamentário".