O governo federal anunciou nesta quinta-feira, 15, a antecipação do calendário da 4ª parcela do Auxílio Emergencial para trabalhadores informais, MEIs e inscritos no CadÚnico. A possibilidade da medida já havia sido antecipada pelo presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, em uma live no Youtube para informar que o Ciclo 4 de pagamentos deve também ser adiantado.

Na transmissão ao vivo, Guimarães comentou sobre a próxima parcela do Auxílio Emergencial, a ser paga em julho. A nova antecipação no calendário da 4ª parcela deve ocorrer, visto que a medida funcionou bem nos ciclos anteriores.

"É muito claro que vamos acabar antecipando o quarto ciclo também, naturalmente, mas vamos fazer isso daqui a alguns dias. Mantendo a mesma otimização que nós tivemos... Nós temos uma questão muito importante de acelerar o pagamento e manter a minimização de filas e aglomerações. Podemos, sem dúvida nenhuma, neste quarto ciclo, ter também uma antecipação", disse o presidente da Caixa.

A antecipação das parcelas do Auxílio Emergencial se tornou possível pelo fato da maior parte da população utilizar cada vez mais o aplicativo Caixa Tem para movimentar os valores, reduzindo assim a quantidade de pessoas que procuram as agências bancárias para fazer o saque em dinheiro.

O presidente da Caixa afirmou ainda que esse critério seria observado nos próximos ciclos de pagamento e que, se funcionasse, o banco poderia antecipar o calendário das demais parcelas do Auxílio Emergencial. "A partir da avaliação do pagamento deste primeiro ciclo, poderemos também antecipar os pagamentos dos Ciclos 2, 3 e 4. Vamos avaliar como será este fluxo de pagamento e, se for como imaginamos, anteciparemos os outros meses", disse ele na ocasião.

Confira na íntegra a live realizada pela Caixa em 15 de junho. No minuto 18'50 o presidente da Caixa fala sobre a antecipação do calendário da 4ª parcela:

Vídeo incorporado do YouTube

Calendário da 4ª parcela do Auxílio Emergencial

Levou algumas semanas para que o governo federal divulgasse a antecipação do calendário do Ciclo 4. Agora, com as novas datas já é possível saber que a 4ª parcela será paga para o público geral entre 17 e 30 de julho.

Já o saque e transferência dos valores será liberado a partir de 02 de agosto e até o dia 18 do próximo mês todos os grupos poderão sacar a 4ª parcela. Da mesma forma que o cronograma de depósito, o calendário de saque antecipado terá liberação para cada grupo em todos os dias da semana, exceto finais de semana. Confira abaixo a nova tabela da 4ª parcela do Auxílio 2021:

Calendário 4ª parcela - Auxílio Emergencial 2021 (público geral)
Mês de nascimento Data do crédito em conta Data para saque em dinheiro
Janeiro 17 de julho (antes 23 de julho) 02 de agosto (antes 13 de agosto)
Fevereiro 18 de julho (antes 25 de julho) 03 de agosto (antes 17 de agosto)
Março 20 de julho (antes 28 de julho) 04 de agosto (antes 19 de agosto)
Abril 21 de julho (antes 01 de agosto) 05 de agosto (antes 23 de agosto)
Maio 22 de julho (antes 03 de agosto) 09 de agosto (antes 25 de agosto)
Junho 23 de julho (antes 05 de agosto) 10 de agosto (antes 27 de agosto)
Julho 24 de julho (antes 08 de agosto) 11 de agosto (antes 30 de agosto)
Agosto 25 de julho (antes 11 de agosto) 12 de agosto (antes 01 de setembro)
Setembro 27 de julho (antes 15 de agosto) 13 de agosto (antes 03 de setembro)
Outubro 28 de julho (antes 18 de agosto) 16 de agosto (antes 06 de setembro)
Novembro 29 de julho (antes 20 de agosto) 17 de agosto (antes 08 de setembro)
Dezembro 30 de julho (antes 22 de agosto) 18 de agosto (antes 10 de setembro)

Na live realizada no dia 15 de junho, o presidente da Caixa também esclareceu sobre o prazo para sacar o Auxílio Emergencial em 2021. Segundo ele, o beneficiário terá o período de 4 meses (120 dias) para sacar ou transferir cada parcela do benefício. Após esse prazo, os valores que estiveram na conta poupança digital retornarão aos cofres da União, conforme previsto no Decreto nº 10.661 que regulamenta o Auxílio 2021.

Parcelas 1, 2 e 3 foram antecipadas

No Ciclo 1, que foi de 6 a 29 de abril, o governo antecipou o calendário de saque da 1ª parcela em até 15 dias para alguns grupos e ainda adiantou o crédito em conta para nascidos em novembro e dezembro em um dia. Já em maio, o calendário da 2ª parcela teve as datas de crédito em conta e saque em espécie antecipadas pelo governo. O início do pagamento foi mantido na data previsto (16 de maio) e a partir do segundo depósito o cronograma foi antecipado em até 17 dias.

Já no Ciclo 3, o governo antecipou a data de início dos créditos em dois dias - estava previsto para o dia 20 e foi antecipado para 18 de junho - e para os demais beneficiários a medida resultou na antecipação do pagamento em até 20 dias antes do programado. Com a antecipação da 3ª parcela será possível iniciar e concluir o depósito para todos os grupos ainda no mês de junho e liberar todos os saques no mês de julho. Antes, a retirada se estenderia até 12 de agosto.

A antecipação do calendário do auxílio emergencial 2021 retira o espaçamento de dois a três dias entre cada crédito ou liberação de saque. Assim, o novo cronograma foi reformulado com créditos em todos os dias da semana, sem pausa nem mesmo nos finais de semana.

Auxílio Emergencial prorrogado até outubro

A prorrogação do Auxílio Emergencial foi oficializada pelo governo federal. A decisão foi confirmada pelo presidente Jair Bolsonaro no dia 05 de julho com a assinatura do decreto que determina o pagamento de mais três parcelas extras.

Até então, o governo estava planejando pagar duas ou três parcelas adicionais a depender do avanço da vacinação da população adulta nos estados brasileiros. "Os governadores estão dizendo que dentro de 2 ou 3 meses a população adulta vai estar toda vacinada, então nós vamos renovar o auxílio por 2 ou 3 meses e logo depois entra o Bolsa Família, já reforçado", afirmou Paulo Guedes.

Para financiar o pagamento de mais parcelas do benefício o governo deverá utilizar a "sobra" dos recursos que já foram aprovados para esta rodada de pagamentos. Junto com o decreto de prorrogação, o presidente Jair Bolsonaro editou uma medida provisória que abre crédito extraordinário de R$ 20 bilhões para complementar o orçamento. O governo estima uma despesa de R$ 27 bilhões para o pagamento de três parcelas extras até outubro.

Dessa forma, o governo não deve ampliar o número de beneficiários e as 7 parcelas do Auxílio 2021 devem continuar chegando para o grupo de 39 milhões que foram aprovados para receber as parcelas originais. Os valores também devem permanecer iguais, com parcelas de R$ 150 para pessoas que moram sozinhas, R$ 250 para famílias compostas por mais de uma pessoa e R$ 375 para mulheres chefes de família.