Após a reformulação do novo Bolsa Família 2023, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, estima que cerca de 20 milhões de famílias devem ser incluídas no benefício, já que o valor que estipula a linha da pobreza foi elevado, subindo de R$ 210 para R$ 218.

Outra questão é que os repasses feitos para as famílias unipessoais (com apenas uma pessoa), voltarão a ser exceção. O ministro disse que o governo estima que o patamar de beneficiários para o relançamento do programa deve ficar igual ou menor que 20 milhões.

"Todos os cálculos que a gente trabalha, (a estimativa) tende a ficar dentro de um patamar igual ou abaixo de 20 milhões de famílias. E temos assim, agora também um olhar especial para voltar a regra do unipessoal como era", declarou o ministro.

Nova regra para as famílias unipessoais

Segundo o ministro, os pagamentos para as famílias unipessoais só serão aplicados em alguns casos específicos. Dias citou um exemplo de uma família que tenha em sua composição três pessoas, e que duas tenham falecido. Este foi um acaso de uma família que recebia os repasses, por se enquadrar nas regras, esta única pessoa continuava recebendo o valor total do benefício.

Dias ainda disse que a fila para o recebimento do Bolsa Família de 2023 será controlada e a meta é que até o final do ano, o número de pessoas aguardando seja residual.

O ministro disse que na época da posse do novo Governo, havia cerca de 3,5 milhões de pessoas que estavam cadastradas no CadÚnico (Cadastro Único) e que estavam aptas para receber o benefício, porém, não recebiam.

Devido a inclusão de 700 mil famílias em março, Dias estima que ainda serão 900 mil famílias aguardando pelo benefício, mas que será necessário revisar o cumprimento de todos os requisitos. Esse resultado é atribuído à revisão do CadÚnico e a busca ativa, na qual foi retomada nos municípios neste ano.

Condicionantes do novo Bolsa Família

O Governo Federal apresentou na última quinta-feira (2) o retorno do Bolsa Família, que havia sido substituído pelo Auxílio Brasil no governo anterior.

Desta forma, além de garantir uma renda básica para as famílias que se encontram em situação de pobreza, o programa também deseja integrar políticas públicas, como o direito básico à saúde, educação e assistência social.

O valor mínimo é de R$ 600, mais o adicional de R$ 150 para as famílias que possuem crianças de 0 a 6 anos, além de R$ 50 para jovens de 7 a 18 anos e gestantes. No entanto, é preciso que estas crianças e adolescentes mantenham frequência escolar, estejam com a carteira de vacinação em dia e as gestantes devem cumprir os exames médicos exigidos.