Com a modernização do Cadastro Único (CadÚnico), uma das principais ferramentas de inclusão social do Brasil, muitas dúvidas surgiram entre os beneficiários do Programa Bolsa Família e outros programas sociais do Governo Federal. Entre as mais comuns, está a frequência com que os dados cadastrais precisam ser atualizados para evitar bloqueios, suspensões ou cancelamentos de benefícios.
A resposta é clara: a atualização do CadÚnico deve ser feita, obrigatoriamente, a cada dois anos (24 meses) ou sempre que houver qualquer mudança nas informações da família — como alteração na renda, mudança de endereço, composição familiar, nascimento, morte ou mudança de escola dos filhos, por exemplo.
Essa regra vale para todos os inscritos, especialmente para quem recebe o Bolsa Família, que é um dos programas mais dependentes da exatidão das informações cadastradas.
Por que atualizar o CadÚnico?
O CadÚnico é a base de dados utilizada não apenas pelo Bolsa Família, mas também por diversos programas sociais federais, estaduais e municipais. Com a unificação e modernização da plataforma, a atualização cadastral passou a ser ainda mais relevante, já que os dados serão cruzados automaticamente com sistemas como o CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais) e os registros da Receita Federal.
A não atualização dentro do prazo de 24 meses pode resultar na suspensão temporária do benefício e, caso não haja regularização, na exclusão definitiva da família do programa.
Como funciona a atualização para quem recebe o Bolsa Família?
Desde a entrada em vigor da Lei nº 15.077/2024, as famílias beneficiárias do Bolsa Família são convocadas para atualizar seus dados entre 18 e 24 meses após a última atualização. Caso não compareçam ao CRAS ou ao posto de atendimento do CadÚnico, podem ter o benefício bloqueado até que a situação seja regularizada.
Importante destacar que a atualização não é automática, nem pode ser feita totalmente pelo celular. O processo exige o preenchimento do formulário do CadÚnico por um entrevistador social, presencialmente, com a família na residência registrada ou em um posto de atendimento.
Novas exigências e documentos obrigatórios
Com a modernização do CadÚnico, o CPF passou a ser o documento principal de identificação de cada membro da família. Ele é agora obrigatório para novos cadastros e atualizações, substituindo o NIS como chave de acesso principal aos serviços sociais. Apesar disso, o NIS ainda será mantido na base para referência cruzada.
Outros documentos recomendados para agilizar o processo:
- RG de todos os membros da família;
- Certidão de nascimento ou casamento;
- Comprovante de residência (conta de luz, água ou declaração);
- Carteira de trabalho, contracheque ou outro comprovante de renda, se houver.
Aplicativo CadÚnico: atualização por confirmação
Embora não substitua a atualização presencial quando há mudanças, o aplicativo oficial do Cadastro Único permite que o cidadão verifique a situação do seu cadastro e, em alguns casos, faça a chamada "atualização cadastral por confirmação", desde que nenhuma informação tenha mudado desde o último registro.
No app, o usuário pode ver três tipos de sinalizações:
- Banner verde: cadastro atualizado, sem necessidade de ação;
- Banner amarelo: alerta para atualização em breve — é possível fazer por confirmação no app;
- Banner vermelho: dados desatualizados — exige comparecimento presencial ao CRAS.
E se houver problemas com o CPF?
O novo sistema é integrado com a Receita Federal. Se houver inconsistências nos dados do CPF, o sistema bloqueará o cadastro automaticamente. Nesses casos, o cidadão deverá regularizar o CPF antes de atualizar o CadÚnico, o que pode ser feito:
- Pela internet, no site da Receita Federal;
- Por e-mail, seguindo as instruções em gov.br/receitafederal;
- Presencialmente, nos Correios, Banco do Brasil, Caixa Econômica ou cartórios de registro civil.
Pessoas que vivem sozinhas também podem se cadastrar no CadÚnico. No entanto, devem apresentar, além do CPF e RG, um documento com foto, um comprovante de residência e assinar um termo de responsabilidade. A entrevista deve ser feita no próprio domicílio da pessoa.
Atualização não pode ser feita por terceiros
O Ministério do Desenvolvimento Social alerta que não há cobrança para atualização ou inscrição no CadÚnico. O serviço é totalmente gratuito, e deve ser feito apenas em locais oficiais, como CRAS, postos de atendimento autorizados ou durante ações itinerantes de mutirão.
Desconfie de pessoas que oferecem atualização por telefone, redes sociais ou aplicativos não oficiais. Não forneça documentos pessoais para terceiros, e denuncie tentativas de fraude à Ouvidoria ou à Central 121.
Onde atualizar ou tirar dúvidas?
- Presencialmente: procure o CRAS ou posto de atendimento do CadÚnico mais próximo da sua casa;
- Telefone: ligue para a Central 121 do Ministério do Desenvolvimento Social;
- Site oficial: gov.br/cadastrounico;
- Aplicativo: "Cadastro Único" disponível nas lojas de aplicativos (Google Play e App Store).
Quando atualizar os dados do Bolsa Família no CadÚnico?
A atualização do CadÚnico deve ser feita, obrigatoriamente, a cada dois anos (24 meses) ou sempre que houver qualquer mudança nas informações da família — como alteração na renda, mudança de endereço, composição familiar, nascimento, morte ou mudança de escola dos filhos, por exemplo.
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