O Ministério da Economia anunciou nesta terça-feira (12) que o auxílio emergencial não pode ser permanente para que não haja comprometimento da política fiscal. Em nota, a pasta explicou que as despesas geradas em um momento como este, de excepcionalidade em razão da pandemia da Covid-19, "não devem ser transformadas em permanentes para não comprometer a recuperação das contas públicas a partir de 2021 e nem a trajetória sustentável da dívida pública".

A nota pública foi em resposta a afirmação realizada ontem (11) pelo secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, que declarou que o auxílio emergencial poderia ser mantido após o fim da pandemia. Segundo Costa, o governo estaria estudando formas de "desmontar gradualmente" as medidas de socorro adotadas neste momento. "Não podemos virar a chave e desligar tudo de uma hora para outra", completou.

Já na nota divulgada pelo Ministério da Economia consta que a preocupação do governo atualmente é preservar vidas e a atividade econômica. A pasta deixa claro que as medidas tomadas são de caráter temporário com objetivo de combater os efeitos da crise do coronavírus e que outros projetos estão sendo estudados e serão divulgados em momento oportuno.

"Com medidas extraordinárias, foi possível socorrer os mais vulneráveis que perderam seu sustento. Essa crise trouxe, entretanto, uma oportunidade para avaliar a efetividade dos programas de transferência de renda e desenhar propostas de melhorias. Projetos para a reativação da economia estão em estudo e serão divulgados no momento oportuno", declarou o ministério.

De acordo com informações internas, o Ministério da Economia estaria estudando a criação de uma renda básica para dar assistência aos trabalhadores informais afetados pela pandemia. Fontes da equipe de economia do governo levantam a ideia de realizar a ampliação do programa Bolsa Família para atingir um maior número de beneficiários. O valor atual do benefício é de cerca de R$ 200,00 por pessoa totalizando um custo em torno de R$ 30 bilhões por ano.

* Com informações da Agência Brasil