Desde o dia 11 de janeiro deste ano, a nova Carteiras de Identidade Nacional (CIN) está sendo emitida nos Institutos de Identificação de 23 estados e no Distrito Federal. Até esta quarta-feira, 21 de fevereiro, ou seja, pouco mais de um mês, o governo afirma que já foram emitidas 4 milhões de unidades desse documento moderno, que pretende aprimorar a segurança da identificação dos brasileiros.

A iniciativa, proposta pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), tem como objetivo principal aumentar a segurança dos cadastros administrativos e reduzir as fraudes no Brasil.

A CIN é emitida gratuitamente para todos os cidadãos na primeira via. Quem for pedir a segunda via os valores variam conforme o estado - no RS, por exemplo, ela custa R$ 86,66. Qualquer brasileiro pode pedir a nova identidade nos Instituto de Identificação de seu estado.

Documento com validade até 2032

Segundo Rogério Mascarenhas, secretário de Governo Digital do MGI, a transição para a nova Carteira de Identidade não demanda pressa por parte dos cidadãos, pois o documento atual ainda tem validade até 2032. No entanto, Mascarenhas ressalta que, com a CIN em mãos, será possível acessar a versão digital por meio do aplicativo GOV.BR, tornando a identificação mais prática e moderna.

Uma das inovações é a utilização do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) como número único para todas as unidades da federação. Isso estabelece um padrão nacional, possibilitando uma estruturação mais eficiente de cadastros administrativos e uma ampliação nas verificações de Segurança Pública. Antes da CIN, cada unidade da federação poderia ter um documento distinto.

A pessoa que solicitar o novo modelo de carteira de identidade poderá requerer a inclusão de dados como nome social, número do PIS/PASEP, do CPF, da Carteira de Trabalho e Previdência Social, da Carteira Nacional de Habilitação, do Certificado Militar, do Título de Eleitor, do documento de identidade profissional e o Cartão Nacional de Saúde desde que apresente o respectivo documento original.

Serviços públicos podem ser ofertados com a nova CIN

O impacto da CIN vai além da segurança e praticidade. Mascarenhas enfatiza que os dados coletados permitirão ao governo uma visão mais abrangente sobre o cidadão brasileiro, melhorando a oferta de serviços públicos. Com informações centralizadas, o governo poderá ser mais proativo, oferecendo serviços personalizados em áreas como educação, saúde e trabalho, aprimorando a qualidade do atendimento à população.

No aspecto prático, a CIN também simplificará processos cotidianos, como marcar uma consulta no Sistema Único de Saúde (SUS). Com os dados de identificação disponíveis em tempo real, seja no formato de atendimento virtual ou presencial, todas as políticas públicas terão acesso ao mesmo dado oficial de identidade do cidadão, otimizando o fluxo de informações.

Vale ressaltar que mesmo com a mudança para a nova identidade, o cidadão permanece com o mesmo CPF, e a emissão é gratuita para a primeira via. O documento terá o formato digital e em papel, haverá um QR Code de segurança e será aceito em todo o país.