Na última quinta-feira (28), o Datafolha divulgou uma pesquisa que aponta que 56% dos eleitores disseram ser insuficiente o novo benefício de R$ 600 pago pelo Auxílio Brasil 'turbinado' pelo presidente Jair Bolsonaro.

O novo calendário começa a ser pago dia 9 de agosto e foi alterado através da PEC dos benefícios, promulgada dia 14 de julho. O aumento de R$ 200 ocorrerá entre os meses de agosto e dezembro de 2022, devido ao aumento da inflação no país, motivo dado pelo governo federal.

Aumento do Auxílio Brasil não é suficiente

De acordo com o levantamento do Instituto Datafolha, 56% dos eleitores no país dizem que o valor de R$ 600 não seria suficiente para arcar com os gastos do dia a dia. Ainda, outros 36% dos entrevistados classificam o valor como suficiente e 7% afirmam ser mais que o suficiente para manter suas necessidades.

Já para quem recebe o benefício, 54% deles consideram o valor não suficiente, 38% classificam como suficiente e outros 8% consideram o valor como mais do que suficiente.

Ampliação de benefícios ainda não mudou disputa eleitoral

Mesmo com o aumento dos auxílios aprovados pelo Congresso Nacional, os resultados ainda não impactaram os eleitores nas pesquisas pela disputa entre os candidatos à presidência do Brasil.

A medida da PEC 01/22 (Proposta de Emenda à Constituição), além de ampliar o valor mínimo do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600, também eleva os valores do Auxílio Gás para o valor de um botijão de 13kg de dois em dois meses, e a criação do Auxílio Caminhoneiro e Auxílio Taxista, ambos de R$ 1 mil mensais. A proposta também garante mobilidade urbana para idosos, autoriza estados e municípios a reduzirem tributos sobre o preço dos combustíveis, entre outros.

Segundo a pesquisa Datafolha registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral de número BR-01192/2022, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mantém a liderança com 47% das intenções de votos, comparado a 29% das intenções para o atual presidente Jair Bolsonaro (PP) para as eleições de 2022, que subiu um ponto desde a última pesquisa feita no dia 23 de julho. Já Lula se manteve com a mesma porcentagem.

A pesquisa foi realizada entre os dias 27 e 28 de julho e foram ouvidos 2.566 eleitores em 183 cidades brasileiras.