Se você não recebeu ainda o Auxílio Emergencial 2021 não desanime. O Ministério da Cidadania informou que o grupo de beneficiários poderá ter a adição de mais 6 milhões de pessoas. O governo disse que o custo da primeira parcela do auxílio emergencial paga em abril foi de R$ 9 bilhões, gerando assim um custo total de R$ 36 bilhões no pagamento das 4 parcelas. O orçamento do programa é de até R$ 44 bilhões, portanto, uma boa margem para atingir mais brasileiros.

A primeira parcela do auxílio chegou de forma direta e indireta a 77,2 milhões de beneficiários. Com o retorno aprovado em março no Congresso Nacional, o benefício teve o primeiro pagamento creditado entre os dias 6 e 30 de abril para mais de 39 milhões de famílias aprovadas. A estimativa do governo é que o auxílio tenha contemplado 36,5% da população brasileira, incluindo na contagem os elegíveis e os demais integrantes das famílias.

Fazem parte desse total de aprovados os 23,89 milhões de brasileiros cadastrados pelas plataformas digitais, 10 milhões de beneficiários do Bolsa Família e outros 5,27 milhões de inscritos no Cadastro Único. O governo federal investiu R$ 8,9 bilhões para o pagamento da primeira parcela para todos os grupos.

Segundo o ministro da Cidadania, João Roma, essa projeção de brasileiros beneficiados direta ou indiretamente com a primeira parcela do Auxílio Emergencial 2021 reflete o "esforço do Governo Federal neste momento tão difícil". "Seguimos trabalhando para fazer com que esses recursos, voltados para minimizar os efeitos econômicos e sociais da pandemia, cheguem a quem realmente precisa, com a celeridade necessária", afirmou o ministro.

O auxílio emergencial 2021 vai ser pago em quatro parcelas que vão variar de R$ 150 a R$ 375, conforme a composição do grupo familiar do aprovado. O benefício será limitado a uma cota por família, mesmo que no ano passado mais de um integrante tenha recebido as parcelas. A consulta para saber quem irá receber o auxílio emergencial 2021 já está disponível no portal da Dataprev (veja abaixo).

Governo deve aumentar o número de aprovados no Auxílio 2021

Após finalizar o pagamento da 1ª parcela, o governo federal está estudando agora a possibilidade de ampliar o grupo de elegíveis a receber as parcelas do Auxílio 2021. Segundo o secretário executivo adjunto do Ministério da Cidadania, Martim Ramos Cavalcanti, ainda há um valor remanescente do limite de R$ 44 bilhões estipulado pela PEC Emergencial para o pagamento das 4 parcelas que pode ser utilizado para custear o benefício para cerca de 6 milhões de brasileiros.

Após análise da Dataprev, em torno de 39 milhões de brasileiros foram aprovados para receber as novas parcelas do auxílio 2021. "Esses 39 milhões de CPFs vão representar um custo mensal de R$ 9 bilhões, que, em quatro meses, são R$ 36 bilhões em termos de recursos financeiros. Exatamente por isso que a gente está preparando essa MP: agora temos os números e podemos ampliar. Daí a necessidade que o Ministério da Cidadania entende de reavaliar as pessoas consideradas inelegíveis ao longo do processo em 2020", explicou.

A equipe econômica de Jair Bolsonaro também não descarta uma nova prorrogação do auxílio emergencial. Na última semana, o ministro da Economia, Paulo Guedes, admitiu a possibilidade de prorrogar o auxílio emergencial por mais alguns meses caso seja necessário. "Isso pode acontecer [prorrogação do auxílio]. Tem recursos já separados para isso. O que a gente sabe é que quando ele acabar, ele tem que aterrissar no Bolsa Família mais robusto e permanente. Tem que ser bem financiado", disse Guedes.

No entanto, apesar de confirmar a possibilidade de estender o benefício por mais tempo o ministro Paulo Guedes não informou que onde sairão os recursos para bancar essa ampliação.