Com o fim dos créditos em conta realizados no mês de dezembro, a Caixa Econômica Federal informou que beneficiários ainda poderão realizar saques em espécie do Auxílio Emergencial no mês de janeiro, conforme calendário divulgado pelo banco recentemente - veja abaixo. A cada nova liberação, cerca de 3,5 milhões de pessoas podem fazer o saque em dinheiro nos Caixas eletrônicos.

Os saques são referentes aos Ciclos de pagamento 5 e 6. Em dezembro a Caixa liberou os saques para nascidos em janeiro e fevereiro no dia 19. Já no dia 4 de janeiro foi a vez dos nascidos em março conseguirem sacar em espécie. Nesta quarta (6), a permissão de saque será liberada para nascidos em abril e o calendário segue até o próximo dia 27.

Lembrando que a liberação de saques é diferente da liberação de créditos - ocorrida em dezembro. Assim, poderá sacar o auxílio em janeiro quem ainda não movimentou a parcela por meio do aplicativo Caixa Tem, que pode ser usado também para pagamento de contas. Veja o calendário de liberação dos saques em espécie:

Mês de nascimento Saque em dinheiro
Janeiro 19 de dezembro
Fevereiro 19 de dezembro
Março 04 de janeiro
Abril 06 de janeiro
Maio 11 de janeiro
Junho 13 de janeiro
Julho 15 de janeiro
Agosto 18 de janeiro
Setembro 20 de janeiro
Outubro 22 de janeiro
Novembro 25 de janeiro
Dezembro 27 de janeiro

Como fazer o saque do Auxílio nos caixas

A Caixa informa que o saque em espécie deve ser solicitado por meio do App CAIXA Tem, disponível para dispositivos Android e iOS, onde o beneficiário precisa selecionar a opção "saque sem cartão" e gerar um código de saque. Após colocar a senha no app, um código é gerado e tem validade de uma hora. Com esse código é possível sacar sem cartão nos caixas eletrônicos do banco.

Ainda, no app Caixa tem, há a possibilidade de realização de compras, por meio do cartão de débito virtual e QR Code, pagamento de boletos, contas de água, luz, telefone, entre outros serviços.

Auxílio ainda não teve prorrogação confirmada

O ministro da Economia, Paulo Guedes, descartou uma nova prorrogação do Auxílio Emergencial. Segundo o ministro, o fim do auxílio emergencial pode ajudar ainda no controle da inflação. "A própria suavização do auxílio emergencial, na medida em que ele cessa. Essa explosão de preços de construção civil, de alimentos, se acalma um pouco", declarou o ministro.

No Congresso, parlamentares pressionam o governo para prorrogar o auxílio emergencial em meio ao forte aumento de novos casos da Covid. Com a demora para iniciar a vacinação, brasileiros estão preocupados com o cenário de desemprego e falta de renda neste início de 2021.

O auxílio emergencial custou quase R$ 300 bilhões aos cofres públicos, mas o fim do benefício vai deixar 48 milhões de pessoas sem renda alguma neste início de ano, sendo a maioria informais e autônomos que não recebem o Bolsa Família.

Auxílio irregular terá que ser devolvido

O governo federal vai cobrar a devolução do Auxílio Emergencial dos brasileiros que receberam o benefício de forma irregular. O Ministério da Cidadania informou que visa recuperar o dinheiro pago às pessoas que solicitaram o benefício e chegaram a receber alguma parcela, mesmo não se encaixando nos critérios estabelecidos em lei. A notificação será feita por mensagens de texto (SMS) no celular e cerca de 2,6 milhões de pessoas devem receber o comunicado.

Segundo o Ministério, se cada brasileiro que recebeu de forma indevida devolver pelo menos uma parcela de R$ 600, cerca de R$ 1,57 bilhão retornariam aos cofres da União. Foram 2,6 milhões de brasileiros identificados como beneficiários que realizaram cadastro para receber o auxílio e mesmo sem ter direito foram aprovados.

Os nomes foram indicados por órgãos de controle ou rastreados por auditoria interna do governo e alguns tiveram as demais parcelas canceladas após constatação da fraude. Segundo a lei nº 13.982, de 2 de abril de 2020, deve devolver o Auxílio Emergencial o cidadão que:

  • Pertence à família com renda superior a três salários mínimos (R$ 3.135,00) ou cuja renda mensal por pessoa da família seja maior que meio salário mínimo (R$ 522,50);
  • Tenha emprego formal;
  • Está recebendo Seguro Desemprego;
  • Está recebendo benefícios previdenciários, assistenciais ou benefício de transferência de renda federal, exceto o Bolsa Família;
  • Recebeu rendimentos tributáveis acima do teto de R$ 28.559.70 em 2018, de acordo com declaração do Imposto de Renda;
  • É servidor público;
  • É militar da ativa ou reservista.

O Ministério da Cidadania lançou ainda em maio do ano passado um site para devolução do Auxílio Emergencial. Para emitir a guia de recolhimento e fazer a devolução, o usuário deve acessar o endereço - devolucaoauxilioemergencial.cidadania.gov.br e preencher o Número de Identificação Social (NIS) ou o CPF.