O Auxílio Emergencial ainda será pago para dois grupos neste mês de dezembro. Após anunciar o fim do benefício em outubro deste ano, o governo confirmou que fará novos pagamentos neste final de 2021. O Ministério da Cidadania anunciou que as parcelas terão valor variável conforme cada grupo de beneficiários. Os valores retroativos podem chegar até R$ 3 mil.

Os dois grupos que ainda recebem a ajuda em dezembro são aqueles que tiveram o benefício negado em outubro e depois foram considerados elegíveis - são 11 mil pessoas; e os pais solteiros que terão direito agora também a cota dupla, da mesma forma que as mães chefes de família tiveram no ano passado.

O primeiro grupo a receber o auxílio emergencial em dezembro são os beneficiários que tiveram o pagamento da 7ª parcela cancelado no mês de outubro. Segundo a Secretaria Nacional do Cadastro Único (SECAD), foram analisados mais de 20 mil cadastros em novembro e destes 11.279 foram aprovados para receber a parcela retroativa. Fazem parte desse grupo de elegíveis os trabalhadores informais cadastrados pelas plataformas digitais e os inscritos no Cadúnico.

O Ministério da Cidadania não divulgou um calendário para depósito do auxílio emergencial para este grupo. Contudo, segundo a pasta, o dinheiro vai cair na conta poupança digital dos beneficiários a partir de 3 de dezembro. O governo irá repassar quase R$ 16 milhões para esses mais de 11 mil aprovados, o que deve resultar numa parcela média de R$ 1.404,20 para cada um.

A Dataprev já liberou a consulta para quem estava com o auxílio emergencial em análise no mês de novembro. O beneficiário pode consultar pelo CPF se foi aprovado para receber o Auxílio Emergencial em dezembro pelo site - https://consultaauxilio.cidadania.gov.br//consulta/#/.

Auxílio Emergencial terá depósitos até 2022

O segundo grupo que irá receber um pagamento do Auxílio Emergencial ainda neste mês serão os pais solteiros chefes de família. No ano passado, esses beneficiários receberam a cota simples do benefício no valor de R$ 600 e, posteriormente, foi aprovado no Congresso a concessão da cota dupla, vetada pelo presidente Jair Bolsonaro mais tarde.

O veto foi derrubado pelos parlamentares em junho deste ano e agora o governo enviou um projeto de lei solicitando a abertura de crédito especial para o pagamento.

O PLN 43/21 solicita quase R$ 2,8 bilhões em recursos para o pagamento da cota extra para os homens chefes de família. Aprovado pela Comissão Mista de Orçamento, o projeto deve ser votado nesta semana no Congresso.

Ainda sem data prevista, o pagamento de dezembro não será o único. Neste mês o governo planeja depositar os valores para os pais solteiros que se cadastraram por aplicativo ou site do Auxílio Emergencial, o chamado 'Extracad', pessoas que não estavam no Cadastro Único nem no Bolsa Família. Este grupo envolve 940 mil pessoas.

Já para os homens que fazem parte do Auxílio Brasil (Bolsa Família) e inscritos no Cadastro Único as parcelas retroativas serão pagas nos primeiros meses de 2022. O governo federal ainda não divulgou as datas em que o depósito deve ocorrer.

O valor da cota extra para os pais chefes de família deve ficar em torno de R$ 3 mil por beneficiário, considerando que serão pagas as cotas duplas das 5 parcelas originais de R$ 600. Não se sabe ainda se o pagamento extra será estendido para as parcelas da prorrogação do Auxílio 2020 e para os pagamentos do Auxílio Emergencial 2021.

O auxílio emergencial retroativo será pago aos pais solteiros e homens chefes de família que criam os filhos sozinhos que realizaram cadastro no programa até 2 de julho de 2020 ou que estava inscritos no Cadúnico até 2 de abril de 2020.

Além disso, a Dataprev também irá cruzar os dados para verificar se os homens chefes de família receberam a cota simples (R$ 600) e não possuem cônjuge ou companheira. Também será observado se há pelo menos uma pessoa menor de 18 anos na família e se não houve o pagamento da cota dupla (R$ 1.200) para a mãe do mesmo grupo familiar.