Foi confirmada pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo Ministro da Economia Paulo Guedes nesta terça-feira (9) a prorrogação do auxílio emergencial por mais dois meses. Bolsonaro afirmou durante a reunião ministerial que o pagamento do benefício já estava acertado para ocorrer em mais duas parcelas. "Vai ter, também, acertado com o Paulo Guedes, a quarta e a quinta parcela do auxílio emergencial. Vai ser menor do que os R$ 600, para ir aí partindo exatamente para um fim", disse o presidente.

Segundo fontes do governo, as duas parcelas adicionais do auxílio emergencial, esperadas para julho e agosto, devem chegar com valor de R$ 300,00. A redução no valor das futuras parcelas vem sendo levantada por Bolsonaro e Guedes devido ao alto custo mensal do pagamento, que gira em torno de R$ 40 bilhões a cada parcela paga de R$ 600.

A ampliação do benefício está sendo estudada pela equipe econômica do governo que deve editar uma medida provisória para definir as novas regras, visto que a lei que regulamenta o auxílio emergencial prevê a possibilidade de prorrogar o benefício, mas pelo valor atual de R$ 600,00.

Maia quer que governo encaminhe projeto

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), manifestou que o ideal é que a proposta de prorrogação seja encaminhada pelo Executivo. "Que o governo faça esse debate de forma oficial para que a equipe econômica e todos os técnicos mostrem o tamanho dessa despesa que está sendo criada", afirmou.

Nas últimas semanas o presidente Jair Bolsonaro já havia confirmado o pagamento da 4ª parcela do benefício e, agora, sabe-se que um quinto pagamento também irá ocorrer. Tanto Bolsonaro quanto Guedes defendem o pagamento das duas parcelas adicionais com um valor reduzido. Contudo, após conversar com diversos parlamentares Maia avaliou que talvez seja necessário o pagamento de duas ou até três parcelas no valor atual de R$ 600,00.

Nessa questão, Bolsonaro foi enfático ao dizer que o valor será menor e caso seja mantido o valor de R$ 600, a Câmara deverá indicar a fonte desse dinheiro. "Eu sei que tem parlamentar que quer mais duas de R$ 600. Tudo bem, se tivermos um programa para diminuir o salário do parlamentar, a metade, grande parte do salário desses parlamentares ser usado para pagar isso aí, tudo bem", disse o presidente.

"Ninguém nega o impacto nem a necessidade, nem o governo. Agora, se o impacto é grande, vamos tentar criar soluções no Orçamento para ver se tem algum espaço para construir uma solução para manutenção dos R$ 600 por mais 60 dias, pelo menos", destacou Rodrigo Maia, presidente da Câmara.

A lei que regulamenta o auxílio emergencial prevê o pagamento de três parcelas de R$ 600,00 por três meses (abril, maio e junho). A Caixa já creditou o pagamento de duas parcelas para 31 milhões de brasileiros e alguns ainda estão recebendo a 1ª parcela. O calendário com as datas de pagamento da 3ª parcela deve ser divulgado nos próximos dias.

Prorrogação do Auxílio Emergencial é confirmada

A ampliação do benefício por mais dois meses foi confirmada hoje (9) pelo presidente em reunião ministerial com o ministro da Economia, Paulo Guedes. O quarto pagamento já havia sido divulgado pela Secretaria de Comunicação do governo nas redes sociais como uma das ações do governo federal no enfrentamento ao coronavírus.

Valor será reduzido

Entretanto, as novas parcelas devem chegar aos beneficiários com valores reduzidos. Mesmo sem ter ainda um montante definido o governo afirma ser impossível manter uma 4ª e 5ª parcelas em R$ 600,00 devido ao alto custo do programa.

"Conversei com o Paulo Guedes que nós vamos ter que dar uma amortecida nisso aí. Vai ter a quarta parcela, mas não de R$ 600. Não sei quanto vai ser, R$ 300, R$ 400. E talvez tenha a quinta, talvez seja R$ 200 ou R$ 300. Até para ver se a economia pega", disse Bolsonaro em entrevista à rádio Jovem Pan.

Guedes também tem se mostrado à favor de uma eliminação gradual do benefício com o pagamento de uma ou mais parcelas em menor valor."Se voltar para R$ 200 quem sabe não dá para estender um mês ou dois? R$ 600 não dá. O que a sociedade prefere: um mês de R$ 600 ou três de R$ 200? É esse tipo de conta que estamos fazendo", declarou o ministro.

Nos bastidores, cogita-se que o governo envie projeto à Câmara no valor de cada nova parcela em R$ 200, para que numa negociação com deputados e senadores este valor seja ampliado para R$ 300,00.

* Com informações Agência Câmara de Notícias e o Estado de Minas